A importância do cônjuge na corrida
Correr a maratona ou qualquer outra prova é preciso treinar a resistência psicológica e emocional que depende de fatores intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos se referem à saúde e à evolução lenta, gradual e progressiva das habilidades físicas durante o treinamento que dura, no caso da maratona, seis meses. As extrínsecas se referem a toda esfera que envolve o corredor (a). O treinador, os amigos, o trabalho e, principalmente, a família que, para mim, é o mais importante.
Muito ruim quando o cônjuge não é corredor (a) e não entende as “manias”, as atitudes de levantar cedo, deixar tudo para trás e sair para fazer os treinos longos. O cônjuge e/ou a família não precisa ser corredor, mas é essencial o apoio estando engajado no desafio do (a) maratonista e isso faz toda a diferença. É muito bom ter alguém esperando a gente na linha de chegada mesmo que você seja o último.
Claro, quem enfrenta essa situação de cônjuge incomodado com esse fanatismo da corrida tem que entender o outro lado também e negociar. “Você me dá apoio nesses seis meses de treinamento e quando acabar a maratona eu faço tudo o que você quer”. Afinal, união estável é via de mão dupla. Um ajuda o outro. Ou não é isso? O cônjuge não corredor (a) também tem as suas manias que devem ser respeitadas.
Afinal, citando Mario Sérgio Cortella, “a minha liberdade não acaba quando começa a do outro, ela acaba quando acaba a do outro”. Nos treinos longos o corredor desenvolve o equilíbrio psíquico enfrentando seus medos com disciplina e paciência na preparação do corpo e da mente. E você? Seu cônjuge te ajuda ou não? Você retribui?
**Literatura Sugerida: Jaenes, J.C. y Caracuel, J.C. (2005). Maratón. Preparación psicológica para el entrenamiento y la competición. Córdoba: Almuzara