• A força da oração

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  • 17/03/2016 10:00



    Temos convivido, durante nossa vida, com pessoas muito fervorosas e de corações plenos de bondade.

    Quatro delas, entretanto, muito nos chamaram a atenção por estarem, justamente, ligadas à religião, e, conseqüentemente, à oração, duas delas extremamente católicas e as demais seguindo preceitos também cristãos, embora praticantes de outra religião, abraçando, entretanto, situações relacionadas com os seus próximos, perseguindo ensinamentos de São Francisco de Assis na sua pregação pelo amor e a caridade.

    As duas primeiras, entretanto, não deixaram de abraçar, também, a prática do amor e da caridade, porém de formas diferentes.

    Chamou-nos, em conseqüência, a nossa atenção a bondade e o carinho dispensado pelas quatro queridas criaturas com relação aos seus semelhantes, especialmente aos mais carentes, as crianças e os idosos.

    Todas sempre muito ligadas ao Pai. Duas delas já partiram e que falta nos fazem. O terço era o fiel companheiro de uma delas e a oração, em voz alta, de outra.

    As duas com as quais ainda convivemos, uma do alto dos seus noventa e quatro anos e a outra, aos setenta e quatro, porém num trabalho contínuo em favor dos doentes, dos idosos e dos desassistidos financeiramente, mas, também, ligadas por fortes correntes à oração.

    Uma delas reside em Nova Friburgo embora em Petrópolis tenha vivido por quarenta e dois anos. Um doce de pessoa. Nos falamos pelo telefone, semanalmente, ocasião em que lhe enviamos, segundo ela para seu deleite, os nossos modestos artigos.

    Na última conversa que mantivemos nos disse ela: José Afonso reze sempre a Ave Maria e o Pai Nosso, todavia, frisou, queira entender que nossas conversas semanais representam para mim, também, uma oração, já que trocamos boas lembranças de Petrópolis, de seus pais, Osmar e Regina, tão queridos amigos que foram da minha pessoa.

    Dizemos-lhe sempre da vontade de revê-la mas ela retruca completando: não pense que estamos longe um do outro, ao contrário, estamos bem perto, a distância nada significa.

    E aduz, certamente, para nosso consolo, afirmando que nossa mãe não está distante de nós, eis que continua velando pela família, como também, o nosso pai.

    A terceira nos encontramos semanalmente quando, justamente, com nossa esposa, oramos e com ela agradecemos as bênçãos que já recebemos do Pai.

    Todavia, que lição recebemos daquela que nos ensina que uma boa conversação entre as pessoas que se gostam, como, aliás, ocorre entre nós e quando ao desligar o telefone após “matarmos” tantas saudades, essa querida e respeitada amiga considera de forma convicta que nossa conversa, ainda que a distância nos separe por quilômetros, se equipare a uma prece como se presentes estivéssemos num templo a orar em busca da proteção de Jesus, Maria e José.

    É verdade, e reconhecemos, que temos orado à distância juntos de tão bela criatura! 

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