• A festa do fim do jejum muçulmano: Eid al-Fitr

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  • 16/03/2020 18:57

    Um dos cinco pilares da adoração – obrigatórios para todos os fiéis muçulmanos – é o jejum no mês de Ramadã. O Ramadã é o nono mês do calendário muçulmano e a prescrição tanto do jejum, quanto do mês em que ele deve ser feito, está no próprio Alcorão, o livro sagrado do Islã: “Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados para que temais a Allah” (Sura 2,183). E continua: “O mês de Ramadã foi o mês em que foi revelado o Alcorão – orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém quem se achar enfermo ou em viagem, jejuará depois o mesmo número de dias. Allah vos deseja a comodidade, mas cumpri o número de dias e glorificai a Allah por vos ter orientado, a fim de que Lhe agradeçais” (Sura 2,185). O jejum consiste basicamente na abstenção de quatro coisas: não comer, não beber, não ter relações sexuais e não fumar. Isto do nascer ao pôr do sol. A observância do jejum é tida como fonte de bênção e não de sacrifícios. Quem jejua obtém por recompensa da paciência. Quando chega a noite do último dia do mês de Ramadã, começa então uma das grandes festas do mundo muçulmano: o Eid al-Fitr, a Celebração do Fim do Jejum ou Festa da Quebra do Jejum (nalguns lugares também chamada de Doce Celebração ou então Festa do Açúcar). Não há uma regra comum para esta celebração e ela é feita de modo diferente nos diversos países do mundo. Mas é uma festa que pode durar três dias. Nela se agradece sobretudo por se ter conseguido vencer as dificuldades do jejum, se pede a Deus que acolha as orações e que se perdoe os erros cometidos. Há também o costume de se fazer uma doação/esmola especial neste dia (o Zakat al-Fitr), para que também os pobres possam festejar. A origem deste costume, a tradição muçulmana vê num gesto feito pelo próprio Mohammed, que teria feito uma festa para celebrar a vitória numa batalha. Não há nenhuma comida que seja obrigatória para esta ocasião, mas é costume que se preparem pães doces e bolos nas próprias casas, bem como que se reúna também a família (que pode ser num sentido amplo) para as refeições nos dias de festa. Mas nem só de comida se faz esta festa: nos dias de Eid al-Fitr também se costuma visitar as mesquitas para que a oração seja feita em comunidade.

    Comentários e sugestões: jr.volney@gmail.com

     

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