• A família Avelar Palma

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  • 07/06/2017 08:00

    Belíssimas lembranças e inesquecíveis recordações, que nos legaram d. Maria de Lourdes de Avelar Palma e família, não só para meus pais como para mim e minha esposa, todos nós extremamente unidos à d. Chuchinha, assim carinhosamente chamada por seus mais íntimos amigos.

    Lembro-me, como se hoje fosse, os encontros que mantínhamos com a família, no bairro do Valparaíso, onde residia d. Chuchinha, juntamente com os filhos Maria Helena e Décio Elysio.

    A irmã Maria Luiza passou a residir em Niterói, onde constituiu família, tendo se casado com Luigi Cedrini.

    Com ela poucos contatos mantive, todavia, esses eram levados a termo por intermédio de minha mãe.

    D. Maria de Lourdes, filha do ilustre escritor, poeta e jornalista Anthero Palma, que fez realizar extensa produção literária em prol da cultura de nossa terra, eis que membro e um dos fundadores da Academia Petropolitana de Letras.

    Os filhos, por conseguinte, não menos brilhantes, íntegros e inteligentes, já que seguiram a trilha do pai, secundados pela rígida educação recebida da mãe, exatamente como escreveu o poeta:

    “O filho no rumo vai… / o mesmo em que o pai andava, / pudera!  Pois de tal pai, / um filho, assim se esperava.”

    Décio, jornalista conceituado, cronista, figura ímpar, sempre a se destacar nos meios sociais de nossa cidade onde manteve uma coluna, durante muitos anos, no Jornal de Petrópolis, intitulada “7 Dias na Sociedade”.

    A irmã, Maria Helena, destacou-se na condição de funcionária pública municipal; durante sua trajetória profissional exerceu, com absolta competência e desvelo, a função de Diretora da Biblioteca Municipal, a qual prestou relevantes e inestimáveis serviços, inclusive aos jovens estudantes que procuravam àquela Casa para estudo e consultas.

    Além do mais, dedicou-se, outrossim, à filatelia mantendo uma coleção de causar inveja àqueles que também abraçavam tal ideal, tendo, por outro lado, sob absoluta inspiração, criado o símbolo da APL.

    Nos casamos e foi a partir daí que a amizade ainda maiores raízes se formaram, diante das visitas que fazíamos, constantemente, à d. Chuchinha e filhos, na vivenda do Valparaíso.

    Todavia, a venerada senhora, que por tantos anos acompanhou os filhos Décio e Maria Helena, que não se casaram certamente com a preocupação de zelar pela mãe, de modo a lhe proporcionar amor e acolhimento, acabou por partir.

    Solitários permaneceram os filhos a quem sempre continuamos a visitar, entretanto, ambos a se lembrar da mãe que partira, demonstrando eternas saudades, até porque o pai, o renomado escritor Anthero Palma, já havia falecido há muitos anos.

    Assim é que, ao recordar tão inesquecíveis amigos, vêm-me, de novo, à mente o poeta que, nunca tendo, outrossim, conseguido esconder a perda da mãe, fez escrever:

    “Minha mãe, já foste embora… / há muito que a perdi, / mesmo assim, ainda agora, / tenho saudades de ti.”

    Saudades eternas de d. Chuchinha, Maria Helena e Décio!

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