• A Estrela Guia e o Porto Seguro

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  • 16/abr 08:00
    Por Fernando Costa

    O Criador escolheu Maria para trazer à luz o Divino Filho Jesus. A partir do “Fiat,” cumprindo a profecia bem antes predita que uma lança vazaria seu coração, por isso Mãe das Dores.

    E Jesus ao exalar o último suspiro, legou-nos por testamento Maria, Sua e nossa Mãe, na pessoa de João, o Apóstolo amado: “Mãe eis aí o teu filho”, “filho eis aí tua mãe”.

    E Jesus foi sepultado. E Maria permaneceu orante em vigília junto aos Apóstolos. Mais um Vaticínio cumprir-se-ia: a ressurreição. E João, tão logo sabedor de que o túmulo estava desocupado, para lá seguiu, entrou e encontrou o sepulcro vazio.

    Ele viu e creu. Também Simão Pedro o seguiu e entrou no sepulcro e testemunhou que o sudário e os panos de linho estavam dobrados em um lugar à parte porque Jesus não mais ali estava.

    E ambos voltaram para casa e correram a levar a boa nova a seus Confrades.

    Feliz é Maria que dentre todas foi à escolhida e nos deu por herança o céu através de nosso Salvador Jesus.

    Feliz João que conviveu com o amor de Cristo e presenciou sua ressurreição.

    Obrigado mamãe, por nos fazer íntimos de Maria, canal neste interligare entre o céu e a terra, partilhando conosco o amado Filho Encarnado, que mesmo não vendo-o fisicamente podemos sentir o Seu amor, Sua presença na folha que cai, na flor que desabrocha, na água a murmurar, no ar e na chuva, e em tantos outros elementos indispensáveis à vida.

    Nas horas que vacilamos o sentimos segurando-nos pela mão, nas adversidades e provas do dia-a-dia recorremos ao pálio da Mãe Maria, à misericórdia Divina, aos Anjos e Santos, intercedendo nesse particular também à Eliza mãe da terra, na aguerrida busca da restauração de nossas forças.

    Sabemos que se acumulam os espinhos na fronte do Crucificado, toda vez que um aborto é provocado, no lar desfeito, se o semelhante não é amado, não é respeitado ou é injustiçado.

    Se a mesa do pobre e desvalido operário está vazia e é parco seu salário, se não há leito que o abrigue, mais um açoite faz o corpo de Cristo retalhado e o martírio que ensanguentou o coração de Maria é novamente renovado.

    Quanto a nós, se sofremos aleivosias mais uma vez recorremos à Maria e falamos também ao ouvido de mamãe que habita os Cânones Celestiais junto de nossos irmãos Cleusa, Renato e Cilene e também ao lado de nossos avós, de papai, sobrinhos parentes e amigos.

    E elas nos acenam ao maior exemplo da humanidade, o Messias manso e humilde de coração.

    E nos arrependemos de nossa intolerância muita das vezes desnecessária.

    São constantes os pedidos de coragem para prosseguirmos contando nossa história plantada na rocha da memória. 

    No estágio terreno, diariamente abraçávamos da Mãe de Deus, assunta aos céus e de nossa mãe Eliza, ornadas em róseas túnicas e esvoaçantes véus, que clamamos, e pedimos velem por nós, redobrem nossas forças, nos deem coragem e lucidez até que chegue o derradeiro momento de nos abraçarmos demoradamente em resplandecente luz e quiçá purificados, estejamos aptos a receber o “veredicto aeternam” de Jesus Cristo. Abraçou toda humanidade com o maternal amor dando-a a primazia de nos tornarmos irmãos do Verbo Encarnado.

    E Eliza, a mãe terrena derramou Maria em nossos corações, tendo-a como Estrela Guia e Porto Seguro.

    Agradecemos aos céus pelo “sim” de Maria e também à mamãe Eliza por deixar-se iluminar pela sarça ardente encaminhando-nos a Cristo, luz do mundo.

    E Maria esposa, Maria mãe, Maria guardiã, Maria conselheira e Maria Apóstola, criou, educou e formou Jesus, o Cristo, o menino Deus, para a vida, fazendo-se presente em todas as horas de Sua vida, quer na fuga para o Egito, protegendo-o do massacre, por isso, Mãe do Desterro, no templo quando encantava ou surpreendia os doutores da lei perplexos por Sua sabedoria e autoridade, e também por ocasião das Bodas de Caná, ante a falta de vinho, tanto que disse ela aos serventes “fazei tudo o que Ele vos disser”, constituindo-se ainda Maria viva e perseverante presença no Cenáculo junto aos Apóstolos unânimes em oração.

    Verdade é que Maria dedicou-se por inteiro ao Divino Filho e só viveu para o seu e nosso Senhor, com ênfase especial por ocasião da paixão de Jesus junto à cruz em sua hora derradeira.

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