• A estabilidade e o equilíbrio

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  • 03/02/2017 13:30

    Diante das diversas situações vividas por tantos irmãos, percebemos que existe uma tendência a se manterem em condicionamentos materiais a alimentarem seu viver, condicionamentos estes que estimulam padrões materiais e que colocam sob julgamento muitas almas, como também, muitas famílias.

    Estes chamamentos da matéria, porém, exigem dos seres sacrifícios, gerando grandes ônus, quando fogem dos limites de cada situação vivencial. Vemos irmãos tentando demonstrar, na materialidade, aquilo que não são e o que não têm, apenas para ficar no nível social da maioria. Estas atitudes já demonstram o grande desequilíbrio que alcança várias almas, pois o desequilíbrio material é indício de que existe, também, um desequilíbrio espiritual.

    Se tivermos um viver consubstanciado em pautas de limites, de organização, de colocações alinhadas nos moldes do justo e necessário, não iremos enfocar-nos em nenhum fator do viver, e sim, saber ponderar e discernir diante daquilo que nos será útil e que precisará trazer-nos sob momentos de paz e verdadeiras constrições espirituais, exatamente, nos moldes certos de “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”

    Dentro de padrões materiais, físicos, intelectuais e emocionais, que não nos desestabilizem o viver, este contexto íntimo, que se traz em buscas mais amplas, que é o Espírito, o ser distanciado e inconsciente de suas próprias problemáticas espirituais, precisará fazer um grande esforço para se observar dia a dia, e ele mesmo tentar instituir, no seu proceder diário, normas vivenciais de mais equilíbrio e ponderação. 

    Todas estas movimentações estarão sempre a livre escolha dos seres, entretanto, sabemos que a grande maioria ainda se deixa levar pelas grandes chamativas do mundo profano, e difícil se torna concluir uma vivenciação em moldes firmes de conceitos e valores maiores, fugindo das fragilidades e efemeridades que ofuscam os seres, em grande parte, das movimentações mundanas.

    A oração, a busca à compreensão dos fatos e condições em que se trazem as almas; a paciência neste crescimento difícil e, por isso mesmo, lento; a certeza de que todos temos limites e que estes precisam ser plenamente observados, serão alguns dos condicionamentos a executarmos para que, lentamente, consigamos envolver-nos em procedimentos mais estáveis e equilibrados. Estes dois fatores, estabilidade e equilíbrio, são os que as naturezas criadas pelo Pai buscam em seu processo de crescimento e aprendizado. Atingir a ambos, integralmente, somente conseguiremos, quando soubermos viver nas diversas constantes da matéria, mas amparando-nos no Espírito em lucidez de nossa proposta cármica. 

    A vida, em propostas mais amplas a serem aplicadas a cada etapa, se tornará plena, quando a constância nos movimentos carnais e materiais se igualarem às constâncias das ânsias e propostas espirituais. Espírito e matéria, conveniências à exposição e manuseio, para que nós, criaturas infinitas, nos amoldemos nas férteis vibrações de Planos Superiores, lenta e firmemente. Estas constituições, unindo-se e buscando fazer este acerto nas várias vidas consecutivas, irão demonstrar a estabilidade e equilíbrio tão buscados por todos e por todas as naturezas.

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