• A deputada x direitos humanos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 30/03/2017 08:30

    É triste ver uma deputada federal, totalmente destrambelhada, diante do fato de um taxista (policial aposentado) ter reagido e matado os três assaltantes, quando declarou: “Teria sido melhor que os assaltantes tivessem matado o taxista porque aí só uma família choraria e agora são três a chorar”. Sinceramente não sei como esta criatura se elegeu – talvez culpa do sistema e do povo fanático – para termos que ouvir tal aberração.

    Por isto temos que respeitar e aplaudir a decisão do desembargador de BH, Rogério Medeiros Garcia de Lima, quando escreveu ao jornal Folha de SP: – “Quando eu era Juiz da Infância e Juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Havia uma quadrilha de três adolescentes praticando reiterados assaltos. A polícia prendia, eu tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-me de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, determinei o recolhimento dos "pequenos" assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores. 

    Recebi a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Exigiam que eu liberasse os menores. Neguei. Ameaçaram denunciar-me à imprensa nacional, à Corregedoria de Justiça e até à ONU. Retruquei para não irem tão longe que tinha solução. Chamei o escrivão e ordenei a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz. Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do Fórum. Não me denunciaram à entidade alguma, não ficaram com os menores, não me "honraram" mais com suas visitas e… os menores ficaram presos. É assim que funciona a "esquerda caviar. Portanto, tenho uma sugestão ao professor Paulo Sérgio Pinheiro, ao jornalista Jânio de Freitas, à nova secretária Flávia Piovesan, e a outros tantos defensores dos "direitos humanos" no Brasil: Criemos o programa social "Adote um Preso". Cada cidadão aderente levaria para casa um preso carente de direitos humanos. Os benfeitores ficariam de bem com suas consciências e ajudariam, filantropicamente, â sociedade a solucionar o problema carcerário do país. Sem desconto no Imposto de Renda, é claro.”

    É assim que todo juiz de bom senso, respeitando as leis, apoiando-se numa lógica indiscutível – a coerência – deveria agir sempre que se deparasse com tais situações. É o mínimo que se espera de um Juiz com letra maiúscula, não aqueles que galgam os degraus do judiciário, capengando, amparados por muletas dúbias.

    jrobertogullino@gmail.com


    Últimas