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  • 15/09/2021 08:00
    Por Fernando Costa

    O dia 10 de setembro, poderia ser marcado com almoços,  jantares, coquetéis, outorga de diplomas, lauréis, que, aliás, é e seria oportuno e bem merecido. Mas os tempos são outros, inclusive os cuidados ante a pandemia. Poucas ou nenhumas homenagens. Não liguem, não liguemos e nem nos entristeçamos. Longe de constituir-se em mera festa. Independente do aspecto histórico e divagações sobre tão importante missão que desempenham em prol do bem comum e desenvolvimento da Nação, oportuno se faz tornar público o reconhecimento e o abraço sincero de todos nós. Admiramos a coragem, a independência, a imparcialidade, o  espírito de luta na árdua, bela e emocionante missão. Benditos os jornalistas e homens de comunicação que sobem morros, adentram Palácios, que trabalham em guerras, nos grandes centros e periferias. Vocês lutam por nós, sofrem por nós, gritam por nós. Criam mitos, neologismos, aposentam velharias estilísticas, inovam conceitos, fazem escolas, marcam época, escrevem a cada dia a história do Brasil e do mundo. Vocês são os luminares do universo da informação. Não é à toa que  a atividade jornalística é conhecida e reconhecida como o quarto poder. Em rápidas pinceladas, não custa reportar-nos aos  primórdios históricos. No limiar do século V a.C. os escribas redigiam cartas noticiosas aos habitantes de localidades mais distantes. E mais, nos anos 6O a.C. o Fórum romano fazia afixar diariamente a Carta Diurna, contendo informações governamentais. Nos idos do século XVI os navegantes enviavam as cartas e informações comerciais, fazendo-se veicular daí por diante “as Gazetas” de Veneza em forma de panfletos, notícias políticas, crimes e ocorrências em geral. Como se vê, a imprensa séculos a fora contribui de forma decisiva ao progresso e cultura dos povos. Reporto-me a Gutenberg, pelo invento da imprensa, recordando ainda,  embora seja de conhecimento geral, que a Imprensa Brasileira apareceu com D. João VI que fundou a 13 de maio de 1808 a Imprensa Régia onde se informava toda legislação e papeis diplomáticos.  Aos 10 de setembro do mesmo ano, sob controle do Conde de Linhares foi fundada a Gazeta do Rio de Janeiro pelo Frei Tibério José, seu Redator, cujos exemplares eram vendidos às quartas-feiras e aos sábados por qua­tro vinténs. No entanto cabe frisar que ainda em 1806 fora editado o Correio Brasiliense, porém editado em Londres, por Hipólito da Costa Pereira Furtado de Mendonça, por isso, considerado o primeiro jornal brasileiro, em circulação ainda hoje e considerado o mais antigo editado aqui no Brasil, seguido pelo Diário de Pernambuco. Louvemos os méritos dessa brava classe. Esperamos que seus direitos e prerrogativas sejam respeitados, pois inúmeras são as noites, plantões e jornadas, na maioria das vezes aos sábados, domingos e feriados, buscando notícia,  informando, distribuindo cultura, tal qual pães e peixes ou quem sabe, lírios em forma de arte? Exibem a  verdade ao mundo, doa a quem doer, denuncia mandatários, lutam contra o tóxico, o analfabetismo, denunciam a fome que grassa impiedosamente pelos quatro continentes. Estão por toda parte, no Golfo, no Kremlin, na Amazônia, na Somália, no Afeganistão, na Arábia, Chechênia, na Previdência, nos Ministérios, nos Sertões. Vocês contribuem em prol e para que se exerça a democracia plena e  para que haja pleno exercício do Estado de Direito, porque constroem, criam e constituem parte decisiva ao progresso e enriquecimento de um País. Vocês  escancaram ao mundo a mensagem a que cada integrante da comunidade conquiste seu  espaço, assuma a responsabilidade por seus atos, ame a Pátria, reivindique direitos e cumpra suas  obrigações. Assim, quando o calendário assinala o dia reservado à imprensa, unimo-nos  também aos profissionais de TV,  rádio e afins,  assegurando-lhes o desejo de que seus direitos sejam resguardados, e seja essa tão nobre missão valorizada para a real conquista do lugar que merecem no escrínio do respeito e da dignidade porque acima de tudo são nosso arautos, apóstolos e  poetas do dia-a-dia.

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