• A corrida não tem a sua faixa etária não se inscreva

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/10/2023 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Por que faixas etárias de cinco em cinco anos? O VO2 Máximo a partir dos 40 anos começa a cair, e mais ainda, depois dos cinquenta. Matsudo 1992 mostrou em seus trabalhos que o VO2 Máximo diminui em média 1% ao ano se acentuando após a terceira década de vida. Quem pratica exercícios físicos regularmente tem condicionamento físico superior ao sedentário variando de 10 a 38%, mas, assim mesmo, existe uma queda de rendimento anual.

    A diferença é que essa queda no corredor começa de um patamar bem acima. Essa é a principal razão das faixas etárias serem de cinco em cinco anos e não de dez em dez, porque por década a queda de rendimento pode chegar a 10% em alguns casos, dependendo de outra série de fatores como genética, regularidade, intensidade do exercício praticado e o número de lesões sofridas ao longo de anos de treinamento.

    Por isso a queda de rendimento é maior nos idosos. Estatisticamente, na última década, as faixas etárias que mais cresceram em número de participantes nas corridas foram acima de 60 anos, o que obrigou as organizações a incluirem as faixas etárias de 60/64; 65/69; 70/74; 75/79 e acima de 80 anos conforme determina o regulamento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) nas provas credenciadas.

    Aos organizadores cabe oferecer corridas atrativas com boa premiação no geral e em faixa etária de 5 em 5 anos, cumprir o estatuto do idoso sem criar dificuldades na inscrição para não configurar “Discriminação Etária”, que fere o princípio constitucional da igualdade (art. 5° da Constituição Federal). Ao corredor cabe LER O REGULAMENTO e não fazer inscrição nas corridas que não contemplam adequadamente as faixas etárias. Depois não adianta reclamar.

    Literatura Sugerida: 1) ARAÚJO, Claudio Gil Soares de et all. Medida do Consumo Máximo de Oxigênio: Valioso Marcador Biológico na Saúde e na Doença. Arquivos Brasileiros de Cardiologia (2013). 2) HAYFLICK, L. Como e por que Envelhecemos. Rio de Janeiro: Campus, 1996.

    Últimas