• A Coroação Pontifícia de Nossa Senhora do Amor Divino e o Centenário de Morte da Princesa Dona Isabel

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  • 08/12/2021 08:00
    Por Fernando Costa

    Quis o Senhor que em feliz coincidência se realizassem no dia quatorze de novembro do ano em curso a Coroação Pontifícia de Nossa Senhora do Amor Divino, Padroeira da Diocese que está a completar 75º aniversário de sua criação em ato realizado em nome e com autoridade do Santo Padre, o Papa Francisco.

    No mesmo dia, às nove horas e trinta minutos foi oficiada a Santa Missa, presidida por Sua Excelência Reverendíssima Dom Gregório Paixão.

     A Celebração Eucarística recordou a morte da Princesa Isabel, ocorrida em 14 de novembro de 1921, em Eu na Normandia, na França.

     O evento foi promovido em conjunto com o Instituto Histórico de Petrópolis e  Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora, tendo obtido, também, o apoio do Museu Imperial de Petrópolis. Dona Isabel profundamente religiosa já havia oferecido a coroa cravejada em brilhantes e o manto ricamente ornado à imagem de Nossa Senhora Aparecida encontrada nas águas do Brasil em 1717.

    Após a Santa Missa foi realizada no Mausoléu uma cerimônia presidida pelo Bispo Dom Gregório, que contou com a presença da Princesa D. Maria Cristina do Rosário de Orleans e Bragança e de seu sobrinho D. Francisco, da Presidente do IHP, Maria de Fátima Moraes Argon e dos confrades Fernando Antônio de Souza da Costa e Frederico Haack e membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, do Rio de Janeiro.

     Bruno da Silva Antunes de Cerqueira, presidente do Instituto Cultural D. Isabel I lembrou os vários motivos dessa homenagem, um deles “a católica praticante e de grande espiritualidade, o que levou alguns sacerdotes e estudiosos da vida da princesa a levantar a hipótese da beatificação,” tanto que, em 2013, o arcebispo da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro Cardeal Dom Orani Tempesta recebeu um pedido oficial objetivando a abertura de um processo de beatificação da Princesa.

     D. Isabel assinou a lei que aboliu a escravidão no Brasil, por isso, recebeu a Rosa de Ouro do Vaticano, concedida pelo SS. Papa Leão XIII em 28 de setembro de 1888, no mesmo dia em que foi assinada a Lei do Ventre Livre, em 1871. Ela era de simplicidade franciscana, se colocou ao serviço da santa igreja tendo sido uma das damas que varria a Casa de Deus.

    Dona Isabel, filha do Imperador Dom Pedro II,  foi regente do Brasil por três vezes.

    D. Isabel contribuiu decisivamente à construção da Catedral que recebeu o nome de São Pedro de Alcântara, confessor e patrono da Família Imperial. No exílio, de lá contribuiu com recursos próprios à construção do templo, inclusive vendendo suas ações que possuía no Banco do Brasil e diversos terrenos existentes no Rio de Janeiro.

    O ápice das celebrações desse dia ocorreu no Santuário que está situado à Rua Vigário Corrêa, 195 em Corrêas, Petrópolis – RJ.

    O belo templo ricamente decorado em flores brancas, remodelado para essa histórica cerimônia, sob os acordes da orquestra e coro  da Cidade de Lafaiete, Minas Gerais, na presença do clero, seminaristas, autoridades, convidados dos diversos segmentos culturais, imprensa, sociais, religiosos e diocesanos em geral era a expressão máxima do “Magnificat” de Maria!

    A homilia do Bispo Dom Gregório Paixão emocionada e eloquente a todos comoveu. Durante a Santa Missa ocorreu a cerimônia de Coroação de Nossa Senhora, ato realizado em nome e com autoridade Papal.

     Dom Gregório recordou a história da imagem de Nossa Senhora do Amor Divino e sua ligação com a diocese de Petrópolis que data de 1751 em Rio da Cidade, onde foi erigida a primeira capela na fazenda de Manoel Antunes Goulão e Caetana de Assumpção. Mais tarde, em 1782,  sua filha Brites e seu marido Manoel resolveram mudar a sede da fazenda para Corrêas. O filho do casal, padre Corrêa construiu a capela e a ela deu o nome Nossa Senhora do Amor Divino. E assim Nossa Senhora foi coroada por Dom Gregório Paixão.

    A Mãe do Amor Divino integra as sete imagens que receberam a coroação pontifícia no Brasil. São elas: Nossa Senhora Aparecida, SP, coroada em 1904, Nossa Senhora do Carmo, Recife, coroada em  1919,  Nossa Senhora de Nazaré, coroada em 1953, Belém, Nossa Senhora da Apresentação, coroada em 1953, Natal, Nossa Senhora do Pilar, coroada em 1954, São João Del Rei, Nossa Senhora da Conceição, coroada em 1963, Conselheiro Lafaiete e, para honra e glória do Altíssimo, agora, Nossa Senhora do Amor Divino, Corrêas, Petrópolis, doravante, conhecida, figurará entre os Santuários Marianos da Igreja Católica, Apostólica, Romana no mundo. Salve Maria! Parabéns à Diocese de Petrópolis. Obrigado Dom Gregório Paixão!

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