• A ciência do dever

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  • 01/04/2016 10:25

    Sim, a percepção do de­ver, deste conjunto de arbi­tramentos em que nos lançamos a cada vida, porém, à disposição de nossa von­tade e necessidades. 

    Realmente, os deveres nos assolam dia-a-dia, não é? 

    Na verdade, sentimos todas as linhas rígidas dos deveres cotidianos: no tra­balho, na disciplina exigida a cada tempo e lugar, na postura dentro do lar, nas linhas dos profissionalismos, nos atendimentos fraternos, na cumplicidade amorosa, na criação dos filhos, no respeito aos mais velhos e nos próprios limites em que nos deveremos impor como dever de todo cristão na lida conosco mesmos e com al­mas que nos rodeiam. 

    A consciência do dever vem em pequenos percentu­ais a cada encarnação, à me­dida que as percepções se alastram, à proporção em que somos efeitos da falta de um posicionamento respeitoso e no descumprimento das leis terrenas e eternas. 

    Exatamente porque, sendo as almas criações de Deus, é nosso dever agradecer e hon­rar este "status" que nos foi concedido e que, naturalmen­te, também, fizemos por me­recer. Porém, à medida que crescemos em aprendizado e percepção, penetrando cada vez mais na terra espiritual das verdades, nossa responsabili­dade cresce, aumentando nos­sos deveres e nos dando, também, maiores oportunidades de desbravamento dos campos universais e de nós mesmos. Os deveres começam pe­las pequenas tarefas e envol­vimentos, na simplicidade de cuidar de um irmão menor, na tarefa cotidiana de olhar ir­mãos e cumprimentá-los, na alimentação equilibrada de nossos corpos, no alinhamen­to das tarefas que nos cabem, na aceitação dos sofrimentos que nos envolvem, pois se os sentimos, naturalmente, que os causamos: a nós ou a alguma criatura que conosco partilha­va o campo vivencial. 

    Portanto, as linhas dos de­veres são imensas, a começar pela do próprio respeito à natureza que somos e à que nos abastece em constância mate­rial e fluídica. Respeito exige, cada vez mais, prontidão no atendimento aos deveres que nos competem, assiduidade ­nestes compromissos e entendimento nas razões pelas quais neles estamos envolvidos. A ciência do dever preci­sa ser instituída nos primeiros anos de vida, cabendo a cada criatura demonstrar, aos seus pupilos e irmãos, o quanto devemos arcar com tarefas, trabalho e obrigações, nas ­quais muitos poderão ser be­neficiados e ajudados. As linhas do dever divergem de alma a alma, de acordo com as disposições espirituais nas quais estão envolvidas, na qualidade de sentimentos, na vontade e na disciplina a que se expõem, portanto, numa grande variante de posicionamentos, livre-es­colha e percepção. 

    Há deveres impostos, ­desde o nascimento. Sim, deveres vêm determinados pelas próprias exigências da composição do corpo e da mente do ­Espírito. São estágios de de­veres impostos pelas condições vividas num pretérito que constrange o ser, envol­vendo-o em certas estruturações impostas pela própria ­desorganização determinada pela sua inadimplência e desobediência às leis da materialidade e às divinas. Natural que estes deve­res sejam conturbados, como conturbada é a alma que neles está envolvida. Porém, existem outros tan­tos seres que se predispõem a retornar às esferas reencarnatórias em grandes ofertas, a cumprir tarefas difíceis e onerosas. Portan­to, quando o Espírito já apre­ende o ideal divino, todo de­ver se torna oportunidade de ajuda e recomposição, aprendizado e crescimento.  

    Assim, meus amigos, es­taremos comprovando que en­tendemos os ideais e objetivos que se trazem em constante de­ver em nos manter em pleni­tude de vida, ofertando-nos o ar que respiramos e o alimen­to fértil a compor o campo or­gânico e o espiritual. 

    Qual será, então, nosso dever?

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