• 840 mortes de covid só este ano e o colapso dos cemitérios

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  • 16/06/2021 03:30

    Ao iniciar a audiência pública sobre a situação dos cemitérios e falta de vagas para enterrar, a vereadora Gilda Beatriz passou um vídeo com várias imagens – todas divulgadas pela imprensa – de ossadas jogadas, sacos com restos humanos, lixo, covas abandonadas. Foi uma saia justa para a secretária de Segurança e Serviços Públicos, Karina Bronzo, e diretores que estavam presentes.

    135% a mais de mortes em abril

    Com 292 mortes apenas pela covid, num total de mais de 520 mortes somando falecimentos por outras causas abril registrou número de óbitos 135% maior em relação ao período do ano anterior.  Desde o início da pandemia foi o mês com maior número de óbitos. Apenas de covid são 840 óbitos só este ano e média de 160 por mês.  E isso refletiu nos sepultamentos, mas não é desculpa para um problema que se arrasta há anos.

    Mais recursos

    Na audiência pública, a vereadora Gilda Beatriz ainda lançou um dado muito pertinente. Em Damp, que é o documento de recolhimento de taxas, a prefeitura emite duas mil cobranças por dia, que somam 40 mil por mês, referentes à regularização de sepulturas e outros serviços cemiteriais. Mas esta verba não reverte para melhorias nos cemitérios. No orçamento deste ano, por exemplo, a SSOP tem R$ 102 milhões, mas apenas R$ 10 mil para a rubrica ‘cemitérios’. Evidentemente, gasta mais que isso, mas era bom deixar bem aplicado, né?

    Partisans aprovam a rinha de políticos em prol da vacina!

    30 anos sem investimento

    A última grande obra para aumentar gavetas no cemitério foi feita na gestão Paulo Rattes, contou Antônio Ligeiro, proprietário de funerária, na audiência pública. O ano era de 1987 quando a população somava menos de 240 mil pessoas. Depois vieram Paulo Gratacós, Sérgio Fadel, Leandro Sampaio, Rubens Bomtempo e Paulo Mustrangi e nada. Bernardo Rossi ainda fez 729 gavetas.  E hoje temos 66 mil moradores a mais.

    Ausentes

    E também não vamos deixar de registrar: numa audiência pública sobre um assunto importante desses havia apenas seis vereadores participando. Os outros nove que elegemos faltaram a mais essa audiência. Para se ter uma ideia como é importante, Antônio Ligeiro, dono de funerária, do alto dos seus 70 anos, disse que em três décadas nenhuma legislatura pressionou os governos para que fosse dada uma solução para ampliação dos cemitérios.

    Consequências

    Como faz falta um planejamento em longo prazo na cidade, não?  E também execução de projetos programados, é bom dizer. A saturação do cemitério, a falta de ampliação do transporte público, a projeção de infraestrutura resultam em atraso para a cidade.

    Sem choro nem vela

    Ao negar um recurso especial impetrado por Rubens Bomtempo pedindo adiamento do julgamento, em plenário, de sua inegibilidade, o Tribunal Superior Eleitoral complicou a vida do candidato que teve a maioria dos votos em 2020. O TSE julga seu processo dia 24 enquanto que o Tribunal de Justiça do Rio decide, dia 30, sobre a ação rescisória que pretende suspender a ação que lhe cassou os direitos políticos.  Por uma semana, ele perde a última (e remota) chance de tentar reverter o quadro.

    É justo!

    Quando foi acompanhar a operação de fiscalização de veículos o vereador Marcelo Lessa iniciou pelo… reboque contratado da CPTrans! Mandou o Detran, presente à operação, averiguar. Achamos justo! Mas, verificou-se, felizmente, que estava tudo ok: documentos, setas, freios e coisa e tal. Lessa, então, parou um ônibus, da Viação Cidade das Hortênsias e advinha? O veículo acabou multado. Mas, Lessa, se for parar todos os ônibus os blocos de multa vão acabar!

    Marcelo Lessa aproveitou a blitz da prefeitura e parou um ônibus para ser fiscalizado! Pode-se falar tu-do de Lessa, mas o cara tem ideia!

    Tá frio, gente!

    Ao contrário de anos anteriores, em especial 2020, a prefeitura até agora não fez campanha, neste frio antecipado de inverno, para abrigar pessoas em situação de rua. Termômetros batendo 8 °C na madrugada com tendência a cair.  Ano passado, além dos leitos normais no abrigão do Alto da Serra, foram montadas ainda barracas para que houvesse vagas para todos.

    Contagem                                                                                                                               

    Petrópolis está há 167 dias sem prefeito eleito pelo povo.

    Lá a chapa tá quente!

    A Assembleia Legislativa do Estado não está dando a menor moleza para o governador Claudio Castro. De uma só tacada o presidente do legislativo estadual, deputado André Ceciliano, promulgou 11 leis cujos textos tinham sido vetados integralmente pelo governador.

    Cabeças rolando

    E o vereador Mauro Peralta comemorou a exoneração do cargo de Élida Marta Santos, diretora do Centro de Saúde, de quem ele pedia a cabeça desde que assumiu o mandato. E agora já começou a pedir cabeças no Hospital Nelson de Sá Earp.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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