8 demissões por dia em Petrópolis: crise econômica precisa de plano urgente
8 demissões por dia
Você conferiu aqui nas páginas da Tribuna que Petrópolis já perdeu 4.643 postos de trabalho desde o início da pandemia. Mas, um número precisa ser frisado porque dá a real noção da crise que se instala: são 8,6 demissões por dia.
Número alto
Claro que Petrópolis tem mais gente, mais empresas etc. Mas, o número de postos de trabalho perdidos na cidade – 4.449 postos de trabalho – é maior do que a soma de desempregados em Teresópolis e Friburgo que contabilizam 3.380 empregos perdidos.
Apoio e estratégia
Somente a flexibilização de alguns setores não é suficiente. E nem mesmo ampliar a retomada de atividades. É preciso o Estado- e aí frisamos governos federal, estadual e municipal – dar o suporte às empresas. O empresariado local diz que financiamentos não chegam de forma adequada e que não são o suficiente.
Testes
E a prefeitura abriu uma licitação para a compra de 50 mil testes para a Covid-19. Abriu, mas não foi pra frente. A administração está disposta a pagar R$ 103 a unidade e o certame estava marcado para terça-feira, mas foi adiado. Talvez ainda dê tempo de aderir à ata de registro de preços de Teresópolis que pagou R$ 64,90 a unidade.
Taí o ídolo e o fã! Henrique da Saúde presenteou o prefeito Bernardo Rossi, de quem é fã número 1, com uma caneca de café estampada com sua foto. Henrique tem uma igual e não se separa dela por nada!
No findi tá liberado!
A prefeitura, depois do caso do Pet Chopp do Quissamã intensificou nas redes a divulgação dos números da Secretaria de Serviços e Ordem Pública para denúncias: o 2246-9043 e o 99860-0845. Mas, ambos funcionam de 9h às 17h. O primeiro, de segunda a sexta e o segundo, de segunda a sábado. À noite, domingos e feriados podem rolar festança que ninguém é incomodado.
Pet Chopp
Combo mais pedido na Pet Chopp do Quissamã: “me vê um quilo de ração da Brahma e um sachê de 51 sabor carne”. É a última piadinha, prometemos!
Tarde demais
Sempre atrás do seu tempo, o ex-secretário de Saúde, Silmar Fortes, hoje vereador, disse que “agora o importante é fazer o maior número possível de testagem para saber o nível de transmissão do coronavírus na cidade“. Só agora?
Só no rush
Já o vereador Maurinho Branco, falando sobre lotação nos coletivos disse que os “ônibus têm circulado cheios somente nos horários de rush”. Puxa, que bom, assim a gente já fica mais tranquilo: só dá pra pegar coronavírus no transporte de manhã e início da noite indo e vindo do trabalho. Muito reconfortante.
Pipas
Ideia fixa dos vereadores? De novo, o assunto de pipas voltou à Câmara de Vereadores. Depois de Leandro Azevedo, tchutchucamente, ter indicado que a prefeitura faça um pipódromo, Silmar Fortes quer uma área específica dentro do Parque, em Itaipava, para a galera empinar seus papagaios.
Essa é uma fila no terminal Itaipava. Mas, segundo a CPTrans e vereadores não tem lotação nem aglomeração, não. Só em horários de pico. Ah, bom!
Atendimento nota mil
O Núcleo de Farmácia da Prefeitura, na Nilo Peçanha, ao “atender” um Partisans bem idoso, diabético e hipertenso, entregou apenas três, dos 10 medicamentos que ele necessita e que seriam disponibilizados pelo poder público. Nem mesmo a insulina tinha e um remédio para a circulação ele não consegue há dois anos. E o “atender” colocamos entre aspas porque é péssimo o atendimento às pessoas. Sequer há uma explicação sobre a falta dos remédios, nem mesmo um bom dia, como manda a educação.
Acertos e erros
O epidemiologista Pedro Curi Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas, resume bem a situação da Covid-19: “o Brasil acertou ao adotar o isolamento social no começo da pandemia, atitude diferente de nações que foram fortemente atingidas pelo coronavírus, como Estados Unidos e Itália. Mas, errou com a falta de política de testagem da população e na flexibilização precoce da quarentena”.