• 500 anos da Reforma Luterana VIII

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  • 17/03/2017 13:00

    Em 31 de outubro de 2017, as Igrejas Cristãs em todo mundo irão comemorar os 500 anos da Reforma. A data é alusiva à fixação das 95 teses de Martin Lutero na porta da Igreja do castelo da cidade de Witenberg, na Alemanha. A partir das 95 teses, desencadeou-se o processo conhecido hoje na história por Reforma Luterana ou Reforma Protestante e deu origem a diversas denominações religiosas cristãs, dividindo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR). 

    Neste espaço, iremos ao longo do ano trazer diversos textos de Martin Lutero para conhecermos um pouco mais seu pensamento, sua obra. 

    Hoje, trazemos as considerações de Lutero sobre a função da lei, a partir de Atos 13.39: “E, por meio Dele (de Jesus), todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.”:

    Quando ensinamos que o ser humano é justificado sem a lei (dada por Deus a Moisés) e sem as obras, surge a seguinte pergunta: “Se a lei não justifica, porque, então, foi dada (por Deus)?” Da mesma forma: “Por que somos atormentados por ela (pela lei), se aqueles que trabalharam apenas uma hora são igualados conosco que suportamos o fardo e o calor do dia?” (Mateus 20.12)

    Pois, quando vem a graça, a qual o Evangelho proclama, surge essa murmuração, sem a qual o Evangelho não pode ser proclamado.

    É necessário que existe um duplo uso da lei. 

    Um é o uso civil. Deus ordenou as leis para refrear as transgressões. Toda a lei, portanto, foi dada para impedir os pecados. Isso quer dizer que a lei, quando refreia o pecado, justifica aquele que cometeu o pecado? De maneira nenhuma! Pois, quando não mato, não cometo adultério, não furto e me abstenho de outros pecados, não o faço voluntariamente ou por amor à virtude, mas por ter medo da espada e do carrasco! Logo, a repressão dos pecados pela lei é um sintoma de que existe muita injustiça no mundo. Essa repressão indica que aqueles que têm necessidade dela não são justos, mas, antes, ímpios e desvairados, os quais é necessário domar com algemas e pressão, a afim de que não pequem. A lei, portanto, não justifica, não torna a pessoa justa (antes, mostra que a pessoa é injusta e pecadora!)

    O outro uso da lei (de Deus dada a Moisés) é o teológico ou espiritual. A verdadeira função e o principal uso (espiritual) da lei é revelar ao ser humano seu pecado, sua cegueira, sua miséria, sua impiedade, sua ignorância, seu ódio, seu desprezo de Deus, sua morte, seu inferno, seu juízo. 

    (Ao ver os mandamentos divinos, nós nos damos conta de que não conseguimos cumpri-los, nos damos conta de quão pecadores somos e que dependemos única e exclusivamente da graça de Deus, através de Jesus, para sermos salvos).

    (Fonte: Obras Selecionadas de Martinho Lutero 10, p. 291,294-295)

    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703

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