• 2 anos depois, R$ 4 milhões gastos e abrigão da Floriano Peixoto longe de ser concluído

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  • 18/jan 04:18

    Daqui a menos de um mês completam-se dois anos da tragédia das chuvas de 2022. E uma das providências que a prefeitura tomou, sem planejamento, de afogadilho, foi comprar um prédio na Floriano Peixoto, com 22 quitinetes e 10 apartamentos de um quarto para vítimas das chuvas. Depois, pensaram melhor e viram que não dava para famílias morarem em quitinetes e resolveram que seria uma espécie de abrigão. Só que o dinheiro da compra do prédio – R$ 3,5 milhões – foi uma doação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Depois, a prefeitura ‘notou’ que o prédio era inabitável nas condições que estava e iniciou uma reforma de R$ 600 mil. E aí são R$ 4 milhões e nada do abrigão.

    Banco de alimentos

    Já o banco de alimentos, que vai funcionar nas lojas do térreo do prédio, também está com obras atrasadas. Ao custo de R$ 298 mil, a reforma dos espaços já deveria ter ficado pronta em julho. A última previsão era inaugurar o abrigão e o banco de alimentos no lançamento do Plano Verão, em 22 de dezembro, mas não deu, não. Ambos só devem concluir daqui a dois meses, depois do período de chuvas deste ano.

    Mas até tu?

    Olha, três ônibus incendiados com diferença de meses entre os casos é beeeemmm estranho. Dois deles foram em carros da sucateada PetroIta e ambos aconteceram de madrugada. O de ontem foi na Silva Jardim, por volta das 7h, mas este um carro da Cidade das Hortênsias, considerada a pérola do sistema de transporte público da cidade. Ocorre que o ônibus queimado, assim como os outros dois da PetroIta, foi fabricado em 2010 e, portanto, fora do ‘prazo de validade’.

    O prejuízo não foi apenas do ônibus queimado, não. O episódio – mais um incêndio, este ontem de manhã na Silva Jardim – também atingiu carros estacionados num ‘recuo’ da via. Pelo menos uns quatro carros ficaram bem chamuscados.

    Desafiando a justiça

    E aí a gente fica sabendo que na vistoria determinada pela justiça, a CPTrans aprovou veículos que haviam sido barrados anteriormente. Começa assim: em agosto foram 54 ônibus da PetroIta e Cascatinha reprovados pela CPTrans; cinco veículos aprovados, apenas e outros seis aprovados com restrições. Aí o juiz Jorge Martins, da 4ª Vara Cível, determinou uma segunda vistoria, feita dia 21 de dezembro nestes mesmos veículos. E surpresaaaaa! Oito veículos não foram vistoriados porque estavam no conserto, quatro foram reprovados, quatro aprovados com restrição e 49 aprovados.  E 23 desses veículos têm mais de 11 anos de fabricação e continuam circulando o que é irregular.  E é demais que alguém acredite que em seis meses 49 ônibus ficaram tinindo para estar nas ruas. A CPTrans tá provocando a justiça. Ah, tá. E na cara dura.

    Me deixa quietinho!

    Ainda falando sobre a questão dos transportes, pessoal tava comentando a ausência do presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, do episódio do incêndio do ônibus ontem.  E o pessoal do Fragoso, na Estrada da Saudade entregou: ele teve na área e teria anunciado a moradores que como é candidato a vereador ele não pode aparecer muito nas redes e na mídia. Ué? Mas não seria ao contrário?

    Contagem

    E Petrópolis está há 254 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Carnaval

    A prefeitura, no caso o vice, Paulo Mustrangi, vem se reunindo com os blocos de embalo na cidade. Se o tempo deixar, vai rolar uma folia de momo. Pelo menos a prefeitura promete estrutura de apoio aos blocos. Outro anúncio, que o próprio Mustrangi já fez, é o retorno do Banho à Fantasia, no Itamarati, que acontecia há 40 anos. Hoje nem rola mais fantasia, mas o lance da água chega a atrair mais de cinco mil pessoas.

    E o vice-prefeito Paulo Mustrangi anunciou: o banho à fantasia, que ocorreu por mais de 40 anos no Itamarati, volta este ano e já com data: no domingo de Carnaval.

    Farnel

    Logicamente, a Polícia Federal não faz ampla divulgação do que investiga porque atrapalha. Mas, como falamos ontem, a operação Farnel que investiga desvio de dinheiro na compra de hortifruti para a merenda, é apenas um dos pepinos (com trocadilho por favor) do que apura a PF no setor da Educação em Petrópolis. Porque há outros procedimentos abertos.

    Tem mais

    No caso da operação Farnel, Bomtempo mandou secretários irem às redes falar em vídeo que o troço era das gestões Hammes e Bernardo. Hingo disse que começou em 2019 (governo Bernardo que ele deixou em janeiro daquele ano) e que ele ajudou como interino nas investigações em 2021 e Bernardo nada disse.  É recomendado que Hingo Rossi e Bernardo Hammes falem um pouco mais do que isso.

    Revanche

    Pessoal tá usando tanto a expressão ‘dar o troco’ nos últimos dias. Mas, por que será?

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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