• 1ª e 2ª classes de aposentados

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  • 19/08/2017 12:00



    Há um ditado espanhol que diz, mais ou menos, assim: “Cada um coça onde lhe comicha”, por isto, como aposentado do INSS, profundamente prejudicado, como milhares outros, finalmente encontro a definição para nossa condição – de “segunda classe”, conforme definição do sr. Almir Papalardo, da Federação dos Aposentados e Pensionistas de Minas Gerais (FAPMG, que conhece bem o assunto. Recebi dele o seguinte comentário :

    ‘Essa CPI poderá se tornar um poderoso trunfo que evitará um “Aposentadocídio” generalizado… Reforma somente para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas) regidos pelo RGPS que gerou em 2016 um déficit previdenciário per capita de R$ 1.488,07.Para o os trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) ninguém mexe no RPPS que gerou em 2016 um déficit previdenciário per capita de R$ 15.717,17. E o silêncio amplo, geral e irrestrito. Avança Brasil (para o abismo!).  Em 2016 o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de segunda classe (empresas privadas) com 100,6 milhões de participantes (70,1 milhões de contribuintes e 30,5 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 149,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 1.488,07).  Em 2016 o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) – União, 26 estados, DF e 2087 municípios mais ricos, com apenas 9,9 milhões de participantes (6,3 milhões de contribuintes e 3,6 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 155,6 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 15.717,17). Assim, juízes e membros do Ministério Público articulam para ficar fora da reforma da Previdência. A emenda apresentada pelo deputado Lincoln Portela exclui essas categorias das mudanças propostas pelo governo para a aposentadoria dos servidores públicos. Entidades ligadas a magistrados e procuradores defendem tratamento diferenciado”.

    É o fato que sempre afirmo, baseado na declaração do secretário do INSS no governo FHC. É o parasitário de “ervas-daninhas”, o que espelha a célebre frase do então presidente, que classificou os aposentados do setor privado de “vagabundos” quando ele era o “vagabundo-mor” por ter se aposentado aos 37 anos, com a sutil diferença de que, por ser de 1ª.classe, mantém aposentadoria integral, enquanto os de “2ª classe” foram vilipendiados violentamente nos proventos. São dois pesos e duas medidas, pois há sempre que se desconfiar de político quando se empenha em aprovar qualquer projeto sob o manto de que é para “beneficiar” o trabalhador – pura balela de  “cerca-lourenço”. E como se dizia no meu tempo de jovem, é o que jacaré faz quando cai n´água – “ istebafo”.

    jrobertogullino@gmail.com



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