18ª Bienal reúne 680 mil visitantes em 11 dias de evento
Em 11 dias de duração, a Bienal do Livro, em sua 18ª edição, trouxe ao público que esteve presente no Riocentro, autores consagrados, personalidades diversas para mesas redondas, livros clássicos atualizados para a nova geração, e uma amostra do que poderá ser encontrado nas prateleiras em breve.
A Bienal, que teve edições anteriores já realizadas em estacionamentos de shoppings, salões de festas de hotéis, têm seu nome consolidado graças ao capricho e esforço de seus realizadores em trazer sempre o que há de melhor e mais importante no meio literário.
Dito isto, a Bienal registrou este ano, um público recorde, com a presença de 680.000 presentes ao longo de sua duração. Estes números não só impressionaram, como animaram a direção da feira :
“Estamos muito satisfeitos com os números da Bienal. Com o crescimento da programação, atingimos nosso objetivo de proporcionar uma experiência cultural para toda família. É muito bom ver o investimento de todas as editoras em estandes cada vez bonitos e com mais atrações para o visitante”, comenta Tatiana Zaccaro, diretora da Bienal.
A expressividade destes números também pode ser traduzida, através de uma programação e temáticas variadas, que acertou em cheio, ao trazer personalidades como : o jornalista Edney Silvestre; o cantor Lobão; o ator Marcius Melhem; o neurocientista americano Carl Hart e o ex-jogador de futebol Walter Casagrande, em diversas das mesas redondas e auditórios de palestras para o público.
Outro fator de suma importância, foi a montagem de um espaço exclusivo para os amantes da cultura pop, com o Geek&Quadrinhos trazendo celebridades e influenciadores digitais, que foram ciceroneados por Affonso Solano (Matando Robô Gigantes), além das principais editoras deste universo, que agradaram em cheio, trazendo suas principais novidades.
Deu tudo certo; pena que acabou
Parece até nome de conto ou de novela mexicana, mas este é o saldo deixado pelo evento, nos dois dias de presença da Tribuna nos três imensos pavilhões do Riocentro, que abrigaram a feira. Desde o embarque nos terminais de ônibus, até a chegada ao local, não havia corre-corre desenfreado, desorganização ou falta de acessibilidade aos que sempre sofrem em grandes eventos com este tipo de "esquecimento". Ponto positivo.
O evento teve também, aval positivo dos docentes que circulavam à procura de novas bibliografias para suas aulas. Segundo a professora Ângela Maia, de São Paulo, a cada nova edição, a Bienal serve de inspiração para novos leitores em formação:
– Os jovens consomem cada vez mais livros, em áreas diversas, querem se especializar e estarem sempre à frente de seu tempo, para nós, professores, é motivo de orgulho, vê-los com os olhos brilhando neste imenso oásis do conhecimento.
Os preços dos exemplares expostos durante a feira, também foram bastantes atrativos ao público, com edições chegando a ter de 30 até 70% de desconto, possibilitando a aquisição, estimulando assim, a economia, sendo estimado que cada pessoa que passou pelo Riocentro saiu com uma média de 6,6 livros, mantendo os números da última edição, com um gasto médio de R$ 25,18.
O saldo positivo ultrapassou o mundo real e se refletiu também nas redes da Bienal. Somente durante os onze dias do evento, o Facebook teve um crescimento de 17% em sua base de fãs e seu alcance quase atingiu quase um milhão de pessoas.
Segundo a vice-presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), Mariana Zahar, a Bienal foi um ótimo termômetro para o mercado editorial. “Se tivemos uma queda em 2016 no mercado como um todo dos livros, 2017 já marca uma retomada e um respiro para as empresas. Certamente a Bienal contribui significativamente”, acredita.
Em 11 dias de evento, estes foram os principais números da Bienal:
680.000 visitantes;
nota geral dada pelo público presente 8,6 – maior que os 8,4 da edição 2015;
56% do público presente compareceu por meio do transporte público;
o público jovem saltou de 18% para 33% na edição 2017;
estiveram presentes, 300 autores e convidados, divididos em 360 horas de programação cultural e 190 sessões.