140 novas casas na Mosela atendem apenas 0,78% das 18 mil famílias em áreas de risco
Hoje, dependem de aluguel social em Petrópolis 2.790 famílias. São 2.277 pagamentos de R$ 800 feitos pelo governo do Estado com complemento, na maioria das vezes de R$ 200, pela prefeitura. Outras 513 famílias recebem integralmente, da prefeitura, entre R$ 500 a R$ 1 mil, em média. São dados oficiais, no Portal da Transparência da gestão municipal. A ajuda é dada a quem perdeu a casa desde 2002. Isso mesmo, 2002. E a ideia foi de Bomtempo e Petrópolis foi a primeira cidade no Brasil a dar a ajuda, que seria temporária. Porém, ela se eternizou e o grupo auxiliado foi aumentando à medida que ocorriam mais chuvas, mais tragédias, mais gente desabrigada.
Produção baixa
As 140 unidades habitacionais que serão erguidas na Mosela pelo governo do Estado tiram apenas 6% das 2.290 famílias do aluguel social. Porém, se formos pegar o universo de 18 mil famílias em áreas de risco – e que não recebem aluguel social – as 140 moradias representam apenas 0,78% da necessidade total de casas seguras. É um caminho longo e o processo anda a passos de cágado manco.
Levou seis anos
O maior empreendimento até hoje, o Caetitu, com 776 unidades, foi mérito de Bernardo Rossi que pegou a obra abandonada em 2014, iniciada por Rubens Bomtempo, e conseguiu finalizar em 2020. E a ideia nem foi de Bomtempo. A conversa com o governo federal foi iniciada por Paulo Mustrangi.
Lentidão
Antes de 2011 tivemos algumas investidas em habitação: condomínio Sergio Fadel, no Samambaia (60), casas do Castelo São Manoel (50 casas e 52 apartamentos), casas na Rua Ceará (150 entregues em 2001), 50 casas no Vale do Cuiabá em 2011 (prefeitura e Firjan em conjunto) e 144 apartamentos na Posse. O Caetitu levou sete anos para ficar pronto e as do Samambaia, foram construídas para os desabrigados da chuva 1988 e inaugurado sete anos depois, em 1995. Na Posse, a espera foi de 10 anos. Considerando a quantidade, o tempo de execução e novas ocupações, será um questão eterna.
Não atualiza nunca
Povo que tá fila de espera por uma nomeação na prefeitura tá cansando de dar F5 na página do Diário Oficial pra ver se entrou. Ô, gente, demora. O negócio é ir de poucos em poucos.
Contagem
Petrópolis está há 1 ano e 250 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Agência fechada
O vereador Léo França diz que, sem qualquer motivo, a Comdep desativou a agência regional que foi aberta em agosto de 2023 em Corrêas, o que seria uma forma de reduzir custos operacionais e dar mais agilidade aos serviços nos distritos. Pediu a reabertura.
Tempo de sobra
Sem mandato e com todo o tempo do mundo e de olho em 2026 (porque se tem uma coisa que é certa é que ele não vai desistir da vida pública) Rubens Bomtempo tem se dedicado a rebater pontualmente por suas redes sociais e por vezes com notas à imprensa, informações da nova gestão que ele diz que não estão corretas. Já desmentiu dívidas com o Santa Teresa, que as obras no Theatro Dom Pedro não estavam paradas, consignados em atraso e por aí vai.
#ficaadica
Trocando em miúdos, não vai dar vida fácil a Hingo Hammes. Ao novo prefeito pode dar muito mais segurança para apresentar dados uma auditoria independente. Mais difícil de rebater. Custa caro, mas vale a pena. Mas se não começar logo no início, depois não faz mais efeito. Por nada!
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