• Mestres do sofisma

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  • 02/03/2021 19:28
    Por Joaquim Eloy dos Santos

    Duas décadas já foram absorvidas pelo tempo, que avança inexoravelmente, a todo ser vivo acrescentando dias e anos de passagem em natural decrepitude moral ascendente.

    O século XXI, em seu primeiro decênio correu atabalhoadamente inseguro, aumentando a miséria no mundo, triplicando as fortunas de alguns poucos bons empresários e a famigerada classe dedicada à corruptiva política.

    Na década seguinte, explode a tal pandemia assassina que angustia a Humanidade integrada por povos despreparados, loucos, desarvorados e inconsequentes. Faltam verdadeiros líderes e criaturas humanas mais preparadas e inteligentes, dai assistirmos ao desfile de imensos beócios travestidos de administradores. E o resultado de tal pandemônio está por ai disseminando terror em todas as sociedades do planeta.

    No Brasil a coisa vai de mal a pior, a pior, a pior… e ninguém espera nada da politicagem que por aqui se aplica, com sinecuras de despertar as esfinges do Egito de seus enigmas antigos e novos. Aliás, o Brasil continua sendo o maior enigma do globo terrestre porque nada aprende com experiências passadas e presentes, nada edifica para o seu povo, senão o empreguismo do viés político, colocando nos palácios do poder uma gama imensa de imbecis de carteirinha que arrotam teses e comportamentos políticos que desconhecem por não estarem preparados para o poder e, alguns, abraçarem e defenderem teorizações politicas e econômicas que desconhecem…

    Verdadeiro, gente! Como aqueles que se dizem da direita, da esquerda, do centro, do raio que os partam, porque de nada sabem, não pesquisam o teor dos discursos preparados por assessores, defendem dirigentes totalitários e até ousam mostrar lugares horrendamente miseráveis e, nas legendas e descrições verbais, exaltarem falsos paraísos. Imensos mestres do sofisma.

    E ninguém esqueça do voto que apertou na tecla da urna eletrônica, enviando ao poder essa gama inútil de dirigentes, que os temos desde muitos e muitos anos de sofrimento. E pagamos por isso. E sofremos com tanta sinecura. E não temos fuga porque o momento revela a podridão dos bastidores que chacais em torno do ilusório poder rodeiam, mordem, disputam com dentes arreganhados, imundos e impregnados do pior odor da humanidade: a carniça.

    São considerações fortes? Inadequadas? Ofendem alguém? Quem pode responder é o povo que elege, uma boa parte sem condição alguma de discernir sobre o que faz, porque seu pensamento está, na sobrevivência de sua família passando fome e, assim, segue o flautista que musicaliza a sinfonia da promessa e da mentira.

    A globalização pode melhorar tudo, no aproximar das pessoas, porém se agrega, pode fazê-lo para o mal, ilusionando pessoas e conduzindo a todos aos abismos guardados por seres demoníacos.

    O corona-virus está por ai matando, ceifando esperanças, hospitalizando com muito sofrimento os atingidos, exigindo dos cientistas e profissionais da saúde de todo o mundo, o máximo empenho nessa luta desigual e traiçoeira. E eles, heróis no epicentro da tragédia, enfrentam a idiotia da população mundial que desobedece os vigentes princípios da sobrevivência por fugazes momentos de louca euforia, em criminoso desrespeito aos semelhantes.

    Serão eles agentes da morte? Sim! Uma nova categoria de inconsequentes assassinos.

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