• Nós e o trânsito

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  • 20/07/2016 12:00

    Lembro-me quando em nossa cidade nos era permitido o deslocamento sem que fôssemos obrigados à utilização de veículos automotores.

    Certamente perdemos a conta das inúmeras vezes que nos deslocamos por longas distâncias sem que necessitássemos de ônibus ou automóveis. A bicicleta era bastante utilizada, porém como recreação.

    No período escolar, recordo-me, perfeitamente, que fazíamos sistematicamente caminhadas entre a casa e a escola. E tudo isso ocorria num ambiente de alegria e absoluta segurança, é verdade que os tempos eram outros.

    Atualmente, não é mais possível tal prática, por muitas razões e até porque a jovialidade ficou para trás e, por outro lado, a insegurança impera.

    A solução, via de consequência, é se valer do automóvel ou do ônibus.

    É certo, outrossim, que em razão da quantidade de veículos que circulam na cidade, é quase que proibido a locomoção dos mesmos, dos bairros até o centro da cidade.

    Não há vagas suficientes para estacionamento, ainda que pago, e até porque algumas vias públicas não comportam tal utilização; além do mais, o pedestre há que merecer prioridade.

    Uma boa medida a ser levada a cabo seria possibilitar que a principal artéria da cidade ficasse livre de veículos pesados, como ônibus e caminhões, os primeiros dando lugar a veículos mais leves e menos poluentes.

    Entretanto, para que tudo isso possa vir a ocorrer, hão que ser construídos terminais de apoio próximos ao centro da cidade, a depender, evidentemente, de estudos e projetos por parte dos entes competentes, sem falar na necessidade de verbas a serem alocadas para a finalidade.

    Cremos, sinceramente, que tais entes já estejam a se preocupar, de há muito, com relação ao assunto, através da implementação de medidas com vistas ao futuro, e essa providência é absolutamente necessária considerando o crescente número de veículos que são emplacados.

    Além do já exposto, há que se considerar a formação geológica da cidade, ou seja, de natureza montanhosa, que impede a abertura de novas vias ou mesmo o alargamento ou a duplicação de algumas delas.

    Percebe-se, via de consequência, que os bairros estão cada vez mais a se expandir; seus moradores deixam de vir ao centro da cidade e elegem o comércio local para compras e outras atividades.

    Fato a consignar, ainda, e com absoluta relevância, vinculado com as matérias sob comento, relaciona-se com a alta velocidade imprimida por parte de condutores de veículos, aproveitando este espaço para ponderar, exatamente, o que vem ocorrendo na Av. Portugal, bairro do Valparaíso, onde veículos trafegam em velocidade absolutamente incompatível, desrespeitando, inclusive, o acesso ao Hospital da Beneficência Portuguesa.

    E o pior, prosseguem o trajeto na referida via, na direção da subida da então Fábrica James, também em alta velocidade, em frontal descumprimento ao estabelecido pela repartição de trânsito, ou seja, 40km.

    Por fim, justamente com objetivo de precatar vidas, é que trago à colação, em reforço às nossas argumentações, a manchete deste prestigiado Jornal, edição de 15/6, quando chama a atenção, em destaque: “Trânsito faz duas vítimas por dia em Petrópolis”.

    É hora de se meditar sobre o assunto antes que seja tarde.

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