• “Não” é uma palavra de limites

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  • 13/03/2018 12:50

    Em muitos países a mulher ainda sofre violência doméstica e familiar, e não pode se defender, nem tão pouco se proteger, sua voz deveria ser ouvida em alto e bom som. Casos notórios de mulheres e meninas que fizeram o mundo ouvir o “Não”, com muitas lágrimas, mas não desistiram de suas vidas, e de suas lutas, e contaram com o apoio da comissão da ONU sobre a Situação da Mulher que reúne há mais de 60 anos, lideranças mundiais. Sendo ela neste assunto fundamental para que muitos outros “Nãos” fossem ouvidos. Esta organização, com apoio do terceiro setor propõe à diversos órgãos, o monitoramento e espaço de negociações para os compromissos internacionais dos direitos das mulheres. 

    No Brasil, além de organizações de direitos da mulher temos algumas iniciativas que merecem destaques, no Estado do Piauí, por exemplo, devido ao grande número de violência doméstica inclusive com mutilações, foi criado um aplicativo para ajudar mulheres vítimas, denominado “botão do pânico”, que emite um alerta com geolocalização para uma central policial e em seguida desloca uma viatura mais próxima para atender a ocorrência. Sabe-se que a violência e a não violência deve ser apontada por quem sofreu a ação. Não devemos usar desculpas como a que caiu da escada, ou bateu com o braço na porta, e/ou deu de cara no chão. É preciso parar de usar estas desculpas de modo a encobrir a agressão do outro. 

    E, o “Não” a que me refiro é para nunca mais deixar o outro passar do limite, e não aceitar a violência psicológica, a física, moral, sexual e dano moral ou patrimonial. Todas nós somos livres para amar e o amor é o gostar de estar com o outro e ser feliz, trabalhar com alegria e realizações. Por isso me dirijo a todas as mulheres e meninas: revejam sua autoestima, porque por vezes pode parecer difícil, muitas pessoas nos aconselham que é assim mesmo, que somos obrigadas a aceitar, mas não!!! Podemos e devemos fazer diferente todos os dias. Basta acreditar que somos capazes e vamos vencer e seguir em frente. 

    O número de mulheres escolarizadas aumentou, isto é muito bom porque podemos galgar várias posições no mercado de trabalho. Cargos que até décadas atrás não tinham representação feminina, que hoje, já estão sendo ocupados em uma escala pequena, mas ascendente, como por exemplo: na política, no judiciário, empresas e iniciativas privadas. Mas reforço que precisamos de mais representações, somos capazes. E com base em estatísticas precisamos orientar a juventude feminina, que cedo iniciam uma vida como mulher, mãe e muitas vezes chefes de família. Segundo uma pesquisa da Unicef, divulgou que a proporção de meninas casadas antes dos 18 anos diminuiu em 15% na última década. 

    Mas, ainda há uma estimativa que é de 150 milhões que se casem muito jovens até 2030. Estas mulheres poderiam e deveriam fazer parte da sociedade ativa produzindo sonhos e não se limitando, ou interrompendo os seus estudos. Então, quando houver momento onde surgir à intimidação e a insegurança, o “Não” é a palavra limite. E saibam que o Dia Internacional da Mulher foi criado para assegurar os direitos, a segurança, o bem-estar de todas as mulheres

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