Na Quarentena as maiores perdas são a flexibilidade e o VO2 máx

Vimos no artigo anterior que o débito cardíaco máximo pode sofrer uma redução de até 26% após 21 dias de destreinamento. Mas será que as outras valências físicas como a força e a flexibilidade também sofrem o mesmo efeito? O que mais podemos perder? Foi isso que Michelin et all., 2008 quis saber em um estudo que envolveu 44 indivíduos de ambos os sexos de 36 a 74 anos que durante 9 meses foram acompanhados com exercícios físicos aeróbios, de resistência muscular localizada e flexibilidade (alongamento) supervisionados com duração de 80 minutos, 3 dias por semana. No início e no final do programa mediu-se o VO2 Máx., O IMC, a força física dos membros inferiores e a flexibilidade para avaliar o ganho em condicionamento físico geral que em média foi de 22%. Em seguida os indivíduos suspenderam as atividades físicas por um mês repetindo as avaliações. O resultado mostrou que o VO2 Máx. sofreu uma queda significativa, mas não muito a força física dos membros inferiores. Apenas a flexibilidade sofreu a maior perda voltando aos valores próximos dos basais. O presente estudo diverge de outros similares que apresenta perda maiores dos níveis de força e VO2 máx., mas por um período de 12 semanas de interrupção. A pouca perda dos níveis de força dos membros inferiores no estudo citado se deve ao período curto de interrupção (um mês) e pelo sim pelo não as atividades funcionais exigem um mínimo de atividade motora para se locomover seja, andando, subindo e descendo escada, sentar e levantar do sofá, ir ao mercado ou na farmácia. Já os membros superiores são menos estimulados nas atividades funcionais. Nas interrupções em isolamento sofrem perdas maiores do que os inferiores. Portanto, galera! Mexa-se em casa, nos corredores e escadas do seu prédio ou no quintal durante a quarentena que você perde menos! Capriche nos alongamentos porque em todos os estudos a flexibilidade é a valência física que mais perde.