• Museu Imperial: um passeio pela história do Império

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  • 12/01/2020 12:25

    De janeiro até o final de março, o Museu Imperial vai abrir a partir das 10h para que os visitantes possam conhecer um pouco mais sobre o império. Nos meses de janeiro e fevereiro, o setor de Educação oferecerá visitas guiadas de terça a sexta-feira, das 10h30 às 16h, com intervalo de meia hora entre as visitas, e aos sábados, as mediações serão realizadas a partir das 10h, mas com intervalo de 1h terminando às 15 horas.

    A visita guiada é opcional. Caso tenha interesse, o participante deverá adquirir o ingresso na bilheteria do museu e dirigir-se ao saguão de entrada, onde será formado o grupo. Não será cobrado valor adicional pelo serviço de monitoria. 

    A história do Palácio Museu Imperial tem início em 1822, quando d. Pedro I viajando em direção a Vila Rica, Minas Gerais, para buscar apoio ao movimento da Independência do Brasil, encantou-se com a Mata Atlântica e o clima ameno da região serrana. Hospedou-se na Fazenda do Padre Correia e chegou a fazer uma oferta para comprá-la. Diante da recusa da proprietária, d. Pedro comprou a Fazenda do Córrego Seco, em 1830, por 20 contos de réis, pensando em transformá-la um dia no Palácio da Concórdia. 

    A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança para seu filho, d. Pedro II, que nela construiria sua residência favorita de verão. A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o Museu Imperial, teve início em 1845 e foi concluída em 1862. Para dar início à construção, d. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro e superintendente da Fazenda Imperial, major Julius Friedrich Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o palácio e colonizar a região.

    O complexo foi enriquecido, ainda na década de 1850, com o jardim planejado e executado pelo paisagista Jean-Baptiste Binot, sob orientação do jovem imperador. D. Pedro II adorava a sua residência de verão e a cidade que se formou ao redor. Suas prolongadas temporadas em Petrópolis criaram uma atmosfera favorável para a prática de veraneio ou vilegiatura, como se dizia à época, iniciada pelo próprio monarca e pela aristocracia do Império, seguida pelos presidentes e políticos da República e cultivada por muitos até hoje.

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    Com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve o banimento da família imperial, que se exilou na Europa. Em dezembro do mesmo ano, a imperatriz d. Teresa Cristina faleceu em Portugal e, dois anos depois, em 1891, d. Pedro II faleceria em Paris.

    Entre 1893 e 1908, a princesa Isabel, como única herdeira – sua irmã, a princesa Leopoldina, havia falecido em 1871 –, alugou o Palácio de Petrópolis para o Educandário Notre Dame de Sion. Em seguida, entre 1909 e 1939, o Colégio São Vicente de Paulo funcionou no prédio. Nesse período, grande parte do mobiliário e demais objetos foram transferidos de local e de propriedade.

    No São Vicente de Paulo, estudava um apaixonado por História: Alcindo de Azevedo Sodré. Graças a ele, que sonhava com a transformação do seu colégio em um museu histórico, o presidente Getúlio Vargas criou, em 29 de março de 1940, pelo Decreto-Lei n° 2.096, o Museu Imperial.

    A partir de então, uma equipe técnica liderada pelo próprio Sodré, que se tornaria o primeiro diretor do Museu, tratou de estudar a história da edificação e localizar peças pertencentes à família imperial em diferentes palácios, para ilustrar o século XIX e o dia a dia de membros da dinastia dos Braganças. Importantes colecionadores nacionais juntaram-se ao projeto, doando objetos de interesse histórico e artístico.

    Como resultado, o Museu Imperial foi inaugurado em 16 de março de 1943, com um significativo acervo de peças relativas ao período imperial brasileiro. Ao longo das últimas sete décadas, acumulou expressivos conjuntos documentais, bibliográficos e de objetos graças a generosas doações de centenas de cidadãos, totalizando um acervo de quase 300 mil itens. (Fonte: site do Museu Imperial)

     

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