• Museu Imperial bate primeira meta em financiamento coletivo para digitalizar todo o acervo

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  • 02/01/2020 19:40

    A campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) “Museu Imperial: acervo sem fronteiras”, que visa agilizar o processo de digitalização de todos os mais de 300 mil itens do acervo do Museu Imperial, em Petrópolis, bateu sua primeira meta no dia de Natal, 25 de dezembro. No ar desde meados de novembro de 2019, a campanha faz parte do programa Matchfunding BNDES+, direcionado a projetos culturais. Diferente do formato tradicional do financiamento coletivo, o BNDES trouxe para o setor, em parceria com a plataforma da Benfeitoria, o financiamento combinado, oferecendo um aporte de mais R$2 para cada R$1 doado. O objetivo é simples: democratizar o acesso a um conteúdo de riqueza inestimável. A primeira meta batida já garante a realização do projeto, mas outras duas metas bem importantes ainda precisam ser alcançadas até o dia 16 de janeiro para permitir a atualização e aquisição de novos computadores e equipamentos e mobiliário para os editores.

    “Estamos muito felizes por termos atingido a primeira meta e agora estamos na próxima etapa, tentando alcançar as próximas duas metas que permitirão a realização do projeto de forma ainda mais eficiente. Ainda precisamos arrecadar 16 mil reais, por isso é muito importante que as pessoas continuem abraçando a campanha, divulgando e colaborando”, ressaltou a museóloga e coordenadora da Digitalização do Acervo do Museu Imperial, Muna Durans.

    O Museu Imperial preserva o mais significativo acervo do país referente ao período imperial no Brasil, do qual fazem parte cartas, gravuras, fotografias, livros, jornais, pinturas, esculturas e objetos de infinitas formas e usos, todos divididos entre os setores arquivístico, bibliográfico e museológico. Em 2010, a instituição encarou o desafio de disponibilizar, online, imagens e informações documentais de suas coleções de forma contínua e permanente, tornando-se um dos poucos museus brasileiros a adotar essa política naquele momento.  Foi um primeiro e importante passo para o objetivo de oferecer acesso a todo o acervo pela internet.

    Passados nove anos, 8.578 itens foram digitalizados, gerando mais de 80 mil imagens, dentro de um processo trabalhoso de constante aprendizado e adaptação, de conversas com pesquisadores e entusiastas que apresentam suas necessidades em formas diversas, e de cuidado ao encarar os desafios que o processamento técnico de cada objeto impõe. No entanto, o número representa menos de 3% do acervo e o software, a ferramenta utilizada para a construção dessa base de dados, é o mesmo desde o começo, sem qualquer modificação.

    Financiamento coletivo (crowdfunding) é a captação de fundos para iniciativas de interesse coletivo por meio de fontes diversas, que podem ser pessoas físicas e/ou jurídicas, em geral os próprios interessados. É uma espécie de “vaquinha”, porém, bem mais elaborada, que destaca o potencial do projeto a ser financiado e o retorno positivo que sua viabilização pode trazer.  Com o aporte do BNDES, através do programa Matchfunding BNDES+, fica mais fácil atingir a meta e tirar o projeto do papel, já que o ganho é triplicado. Caso a primeira meta não seja atingida, o dinheiro é devolvido aos colaboradores e o projeto não acontece, o que já não é mais o caso do Museu Imperial. Para estimular os apoiadores, são criadas algumas recompensas. Na campanha “Museu Imperial: acervo sem fronteiras” elas variam entre fotografias digitais do acervo em alta resolução; reproduções de obras impressas; visitas guiadas ao setor técnico; um par das famosas pantufas do museu em versão exclusiva; e até uma visita noturna ao Palácio Imperial com a possibilidade de assistir a uma performance da cravista e pesquisadora Rosana Lanzelotte, na espineta fabricada por Mathias Bostem em 1788, instrumento único no mundo.

    Três metas foram estipuladas para a realização do projeto. A primeira meta, que já foi alcançada, envolve atualização de todo o sistema de banco de dados; implementação de novo sistema de busca e layout da página; e implementação de recursos de zoom e leitor de formato pdf. A segunda meta inclui a atualização e aquisição de novos computadores, e a terceira meta soma ainda a aquisição de novos equipamentos e mobiliário para os editores, além de uma softbox (conjunto para iluminação em fotografia), um fundo infinito, cartões de memória e bateria de flash portáteis.

    Para contribuir, basta acessar o site da campanha através do link benfeitoria.com/museuimperial. 

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