• Mudar a passada vale à pena ou não?

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  • 22/12/2019 10:30

    Muito tem-se falado que a melhor forma de correr visando economia de corrida seria pisar no centro de gravidade com o ante-pé e não com o calcanhar. Em tese biomecânica é verdade, mas será que quem pisa com o calcanhar “supostamente” errado teria que mudar? Em alguns casos sim e outros não. Mudar a passada resultaria em melhor desempenho? O custo benefício vale à pena? Foi o que Lain Hunter, professor de ciência do exercício da Brigham Young University, Utah quis saber ao reunir em um estudo 19 corredores experientes e 14 iniciantes. Aos corredores foi pedido que sustentassem a maior velocidade possível por 20 minutos na esteira escolhendo cada um a sua melhor passada de conforto. 

    Durante o primeiro teste foram contados quantos passos cada grupo dava por minuto sendo avaliado o Vo2 Max. de cada corredor. Em seguida, em outro dia, foi aplicado um segundo teste utilizando um metrômetro sendo pedido aos corredores que acompanhassem a passada de acordo com as batidas do equipamento que era modificado aleatoriamente ora mais rápido ora mais lento sem entretanto modificar a velocidade da esteira. 

    A conclusão foi que cada vez que era modificada a passada para acompanhar o metrômetro o corpo gastava mais oxigênio simplesmente porque fugia do passo de conforto de cada um. O que nós treinadores e corredores podemos concluir disso? Cada corredor experiente ou não acaba encontrando a sua melhor passada de conforto para qualquer velocidade seja lenta, moderada ou forte. Isso vem com os anos de treino e a quilometragem anual. Entretanto, em minha experiência prática a passada média da maioria dos corredores experientes ou não fica mesmo em torno dos 180 passos por minuto. 

    Na verdade só se deve tentar corrigir a passada de um corredor iniciante se for muito fora de padrão. Para isso existem os educativos. A criança assim que começa a andar e depois a correr encontra naturalmente sua melhor forma de correr. Por isso é tão importante as brincadeiras de pique – esconde e outras que envolve pequenas corridas das crianças, infelizmente caindo em desuso nas escolas.

    Alguns corredores de elite no passado, em linguagem popular, corriam esquisito como João da Mata. Entretanto venceu a São Silvestre em 1983 entre tantas outras provas. Se algum treinador tentasse mudar a sua forma de correr certamente não seria o corredor tão veloz que foi. Portanto, de concreto, o que vale mais na economia de corrida é a teoria do 180 passos por minuto. Se o passo se é torto, se pisa de lado, com o calcanhar e se cruza o braço na frente do corpo só se deve tentar aperfeiçoar se estiver tendo sucessivas lesões.

     

    INIMIGOS… NOSSOS MELHORES PARCEIROS

    Fim de ano se aproximando e muita gente, por tradição começa fazer um balanço do que foi o ano pra si. O que valeu e o que não valeu à pena. Tem gente que faz faxina nos armários, nas estantes e de repente vê quanta coisa nem foi usada. Tanta coisa para jogar fora e/ ou descartada. A gente precisa de tanta “coisa” assim? E como pessoa? Crescemos ou não? Que legado deixamos para a sociedade? ninguém cresce sozinho, mas pode morrer sozinho. 

    Final de ano costumamos desfazer de coisas que não acrescentam nada. roupas, livros, cadernos e… pessoas, porque não? Sim, pessoas. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. É obrigado sim, a respeitar as pessoas e aceitar do jeito que elas são. se do seu jeito não são.. afastar-se porque não? Respeitar… sim, sem julgar. Ninguém de conversa é obrigado a concordar… com que possa opinar e… vice versa. Por isso somos tão diferentes um do outro.

    Existe diferença entre pessoas que nada acrescentam e as que da gente não gostam mas, vive a nos questionar. Esse segundo tipo não gosta da gente, mas em verdade… pra frente nos faz andar. O filósofo Mário sérgio Cortella fala em uma de suas palestras que “um concorrente burro te emburrece, um adversário fraco te enfraquece”. É verdade! Que graça tem em primeiro chegar sem à altura um concorrente testar? A vida é um desafio constante que nos obriga a sair da zona de conforto. Sendo assim, ao finalizar mais um ano que tal escolher melhor as roupas, livros, cadernos, as amizades e também os que não gostam da gente? Por que não? Esses, “de cara” já levam uma grande vantagem. São sinceros, assumidos e fazem questão de nossos defeitos mostrar. Os amigos nem sempre eles gostam da gente. Hoje fico com o poeta, dramaturgo, filósofo alemão Friedrich schiller. “o amigo mostra-me o que posso fazer, o inimigo, o que tenho de fazer”.

     

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