• MPF recomenda que Museu Imperial implemente Plano de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 29/09/2018 09:00

    O Ministério Público Federal (MPF) em Petrópolis, através da Procuradora da República Monique Cheker, recomendou ao Diretor do Museu Imperial que implemente o Plano de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, submetendo-o, antes, ao Corpo de Bombeiros e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    Leia mais: MPF cobra da direção do Museu Imperial e do Palácio Rio Negro informações sobre prevenção a incêndios

    Leia mais: Museus de Petrópolis não têm certificado do Corpo de Bombeiros

    A recomendação destaca que a Constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 216 que “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (…)”, sendo certo que tais bens não raro, são acautelados em Instituições Museológicas, Arquivos e Bibliotecas. 

    O referido documento frisa que os acervos de tais Instituições são bens de matriz finita, ou seja, insubstituíveis, verdadeiros elementos que compõem a memória de nossa nação, sendo certo que há que se utilizar da melhor tecnologia para prevenir danos, como corolário dos princípios da prevenção e da precaução. 

    Destaca, ainda, a importância única do Museu Imperial, tombado pelo Iphan pelo processo nº 166, de 1938, que, sem um Plano de Prevenção e Combate a Incêndio e Pânico, corre o risco diário de sofrer os mesmos danos irreparáveis do Museu Nacional, tomado pelo incêndio em 2 de setembro de 2018. 

    O Diretor do Museu Imperial tem 15 dias para prestar informações sobre o acatamento ou não da recomendação do MPF. 

    Entenda

    A 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal deu início à “Ação Coordenada – Prevenção de Riscos ao Patrimônio Cultural”, cujo objeto é a concretização do gerenciamento de riscos por uma gama de instituições federais que detém importante acervo. 

    Os diversos tipos de perigo, ou agentes de deterioração – forças físicas, criminosos, fogo, água, pestes, poluentes, luz/UV, temperatura incorreta, umidade relativa incorreta e dissociação – têm maior ou menor probabilidade de ocorrer, ou seja, maior ou menor risco. O gerenciamento aponta soluções e possibilita o melhor uso do limitado orçamento das Instituições vinculadas à preservação do patrimônio cultural, estabelecendo prioridades para sua implantação em conformidade, por exemplo, com o tipo de acervo protegido. 

    O recente incêndio do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, bem demonstra como o planejamento de medidas de prevenção, de atuação emergencial durante a ocorrência do sinistro e mesmo de recuperação parcial do bem não são, infelizmente, a realidade da maioria das instituições museais, dentre elas o Museu Imperial, situado no Município de Petrópolis/RJ. 

    Leia também: Museu Nacional não tinha brigada de incêndio nem seguro para acervo

    Últimas