• Movimento de vendas no Bingen fica abaixo do esperado para o mês de dezembro

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  • 22/12/2016 14:45

    O movimento de vendas no Polo de Moda do Bingen está abaixo do esperado pelos lojistas para essa época do ano. Hoje (22) pela manhã poucas pessoas estavam nas ruas e uma quantidade menor ainda dentro das lojas. Os vendedores reclamam da falta de divulgação do polo e afirmam que as vendas na semana que antecede o Natal foram menores do que as registradas nos meses de outubro e novembro, por exemplo. O Polo de Moda foi criado em 1991 e, atualmente, tem cerca de 50 lojas. A esperança do comércio local é que o cenário mude com a instalação de uma Cervejaria de grande porte na região. 

    A expectativa era de que o movimento fosse aumentar nesse mês de dezembro, mas as vendedoras disseram que foi muito abaixo do que o registrado no ano passado. Cátia Morelli, trabalha no polo há 9 anos. Ela contou que a queda das vendas a surpreendeu: “Nunca vi um Natal desses. Teve venda para o varejo, mas nada demais”, comentou, acrescentando que o movimento em novembro foi bem maior, por conta do atacado que vendeu mais. A vendedora que já vivenciou bons momentos do comércio no local, acredita que falta divulgação. “O movimento de hoje não é nada perto do que já vi aqui. A nossa esperança é que o comércio volte a se aquecer quando a cervejaria começar a funcionar”, comentou. 

    Vera Lucia, vendedora desde 2005, época que, segundo ela, vendia muito, concorda com Cátia. “O Bingen está vazio. Precisamos que divulguem o polo”, disse ela, que avaliou o cliente como cauteloso nessa época do ano, principalmente, por conta da crise econômica que o país enfrenta. A loja, onde ela trabalha sozinha, optou por não fazer contratação temporária para esse período de festas e que geralmente tem um movimento maior. “Do jeito que está esse ano não dá para contratar. Estamos vendendo, mas bem abaixo do que esperávamos. Estou dando conta sozinha”, afirmou. 

    Também vendedora Marta Guimarães disse que a queda das vendas esse ano é de 50% em comparação com o ano passado. “As pessoas costumam comprar pijamas para dar de presente, mas esse ano diminuiu muito”, disse. Ela acredita que o principal ponto que deve ser revisto é a questão da divulgação, mas Marta também acredita que falta uma associação como a Arte, na Rua Teresa, para organizar e pensar em estratégias para movimentar mais o polo de moda do Bingen.

    De acordo com o empresário Fernando Badia, o Bingen também está sentindo os reflexos da concorrência dos feirões na Baixada. “As vans que antes vinham trazendo os consumidores para Petrópolis, não vêm mais, por muitos motivos. Para subir a Serra, os motoristas enfrentam uma estrada precária e cara. Então acabam optando por comprar na Baixada”, destacou. Fernando é um dos sócios do Shopping Badia, que tem 15 lojas abertas, comentou ainda que o país está em crise.

    Prova de que a divulgação deixa a desejar é que nem os petropolitanos têm curiosidade de conhecer o comércio daquela região. Fátima Machado, tem 58 anos, mora no Quitandinha e ontem foi pela primeira vez no Polo do Bingen. “Sempre vou à Rua Teresa. Acho que lá tem mais variedade e o preço também é melhor. Hoje vim aqui porque estou com uma amiga”, disse. A amiga, Nívea Fidalgo, de 32 anos, achou que as lojas estavam vazias e com pouco movimento. “Chegamos cedo, por volta das 9h, para não pegar tumulto, mas têm poucas pessoas aqui”, explicou ela, que estava em busca de roupas para usar nas festas de fim de ano. 

    Já Rute Pinto, de 65 anos, é petropolitana, mas morou 45 anos nos Estados Unidos. Moradora do Bingen, contou que é cliente fiel do polo de moda. “Venho aqui todos os dias e nunca volto sem comprar nada”. Porém, ela reclamou que a oferta de produtos é pequena. Além disso, revelou que não tem como hábito comprar presentes de Natal. “Morei muito tempo fora e lá tanto no Natal, quanto aniversário e casamento, entregamos um envelope com dinheiro e está tudo resolvido”, finalizou. 


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