• Morre em Petrópolis pedagoga Angela Werneck

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  • 15/05/2019 19:36

    Morreu nesta quarta-feira, aos 89 anos, a pedagoga Angela Hebbe Mascheroni Werneck. O corpo dela foi encontrado por funcionários do imóvel em que vivia, por volta das 13h. Segundo familiares, a idosa enfrentava problemas de saúde, naturais da idade avançada, mas nada grave. Ela faleceu dormindo, em paz, segundo a sobrinha Mariana Mascheroni. A morte de Ângela causou grande comoção, tendo em vista as contribuições que ela e o já falecido marido, professor Carlos Werneck, fizeram à edução do município.

    O corpo de Angela será velado nesta quinta-feira (16), na Funerária Oswaldo Cruz, das 8h às 12h, e depois seguirá para o Rio de Janeiro, onde será cremado.

    O Instituto Carlos Alberto Werneck foi fundado por Carlos em 20 de Dezembro de 1936. Em 1975, a pedagoga assumiu sozinha a direção do Colégio Werneck, após a morte do marido, e ficou à frente da unidade por 44 anos. A unidade fechou as portas em dezembro de 2006. Tia Nina, como era chamada carinhosamente por familiares e pelos milhares de alunos que formou, definitivamente marcou a vida de muitas pessoas. 

    Ao longo dos anos, o colégio se tornou uma segunda casa para a família do casal, tendo em vista que muitos familiares também atuavam na unidade. É justamente dessa forma carinhosa que a sobrinha Mariana lembra da escola. “O Werneck formou milhares de petropolitanos, e o valor disso é inestimável. Assim como o carinho e atenção que os meus tios tinham com todos lá. O fechamento foi muito triste e especialmente marcante para mim, tendo em vista que eu cursava meu último ano na escola quando a decisão foi tomada”, contou nostálgica.

    Ainda segundo Mariana, a Tia Nina nunca deixou de recordar os momentos vividos no colégio, e até quando pôde, contribuiu com notas especiais sobre os bons tempos do colégio. O material era publicado pela sobrinha na página Instituto Carlos Alberto Werneck, que existe no facebook. A página relembra algumas histórias vividas na unidade e possui fotos de ex-alunos. 

    Sobre o colégio

    A história da unidade começou em uma modesta sala de um velho sobrado na Avenida 15 de Novembro, n° 671, atual Rua do Imperador, exatamente onde existe o Edifício Arabella. Seis carteiras usadas, um quadro negro, uma mesa, uma cadeira e dois mapas constituíam o mobiliário do colégio. Era um curso noturno preparatório para concursos como o do Banco do Brasil, destinado a comerciários. No ano seguinte, criando-se aulas do Curso Primário, novas matrículas chegaram e outras salas precisaram ser alugadas.

    Em 1939, o colégio foi para a Rua Paulo Barbosa, onde funcionou até 1960. Neste período foi oficializado, pelo governo federal, o curso Propedêutico ou Ginasial Comercial, e assim, em 1943, o colégio já possuía 300 alunos. Nesta mesma ocasião, foi oficializado o Curso de Contador.

    Em 1945, o Colégio Werneck adquiriu o Colégio Plínio Leite, que encerrava suas atividades em Petrópolis. Passou então a funcionar em dois prédios: Rua Paulo Barbosa e o da Av 15 de Novembro, n° 264 – Atualmente prédio da Galeria Santo Antônio. 

    O sonho do professor Carlos Werneck era possuir um local próprio para a construção de um grande colégio. Assim, em 1955 adquiriu um imóvel na Rua Marechal Deodoro, n° 191, para onde transferiu o Departamento do Curso Primário. No terreno dos fundos deste imóvel foi construído o prédio, cuja a inauguração ocorreu em 2 de Dezembro de 1972.

    Em 1975 com o falecimento do Professor Carlos Alberto Werneck, a esposa e professora Angela Hebbe Mascheroni Werneck dirigiu o colégio com o mesmo idealismo e competência de seu fundador até o ano 2006.

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