• Moradores do Ingá vasculham escombros em busca de documentos e objetos pessoais

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  • 23/01/2019 19:10

    Moradores da região do Ingá, no distrito da Posse, onde um deslizamento de rochas destruiu seis casas e deixou cerca de 40 imóveis interditados, passaram a manhã desta quarta-feira (23), vasculhando os escombros em busca do documentos e objetos pessoais. Nos imóveis que ainda estavam de pé, os moradores faziam a mudança dos móveis que puderam ser recuperados. O deslocamento aconteceu na tarde da última terça-feira (22) e felizmente ninguém ferido.

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    "A gente sai de casa achando que na volta vai encontrar tudo no lugar, aí se depara com a sua casa no chão. A sensação é de incapacidade", lamentou Flávia dos Santos Branco, de 38 anos. A residência dela foi totalmente destruída pelas rochas que desceram da pedreira. "Não sobrou nada", disse. Na manhã desta quarta-feira (23), ela e o marido estavam vasculhando os escombros em busca do documento da filha, de um ano e três meses. "Graças a Deus não estávamos em casa quando tudo aconteceu. Minha filha estava bem longe daqui", comentou.

    Flávia contou que os dois saíram de casa por volta das 5h da manhã para irem para o trabalho. Durante a madrugada, o casal chegou a ouvir estrondos na pedreira. "De meia em meia hora escutávamos um estalo. À tarde, estava no trabalho quando falaram que as pedras rolaram nas casas. De onde trabalho consigo ver a pedreira, vi o estrago de longe e na hora pensei: não tenho mais minha casa", contou.

    De acordo com a Secretaria de Assistência Social, 15 famílias já estão cadastradas – 39 pessoas e três serão incluídas no programa de Aluguel Social. Segundo a secretária Denise Quintela, o levantamento na região continua sendo feito. "Algumas pessoas tinham casa própria, outras moravam de aluguel. Estamos analisando caso a caso", explicou. Denise disse ainda que está a disposição dos moradores cestas básicas, kits de higiene pessoal, além de lençóis e colchões.




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