• Monitor de Secas indica redução da seca nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste em outubro

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  • 23/11/2020 14:00

    O mapa do Monitor de Secas com atualização dos dados de outubro está disponível e mostra alterações no cenário da seca, com melhora nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, e piora no Sul e Nordeste. Dos 19 estados participantes, sete tiveram piora na condição de seca relativa (Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Rio Grande do Sul), em comparação ao mês de setembro. Por outro lado, seis tiveram melhora no quadro (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Distrito Federal), com redução da seca. Os outros ficaram em situação similar à registrada em setembro.

    Se destaca em outubro o Distrito Federal, com o desaparecimento da seca em 100% de seu território. Também tiveram redução na área com seca, em comparação ao mês anterior, o Rio de Janeiro, com uma diminuição de 37% do território coberto por seca, o Espírito Santo com 27% e Minas Gerais com 16%.

    Por outro lado, o maior aumento na área com seca (50%) foi registrado no estado do Rio Grande no Norte, que passou a ter 83% do seu território sob influência do fenômeno. Em geral, nos estados do Nordeste o cenário foi de expansão territorial da seca: Paraíba teve aumento de 38%, Alagoas de 23%, Ceará de 17%, Sergipe de 14%.

    Quanto à severidade da seca, a Região Sul apresenta os maiores aumentos no País na categoria de seca grave, sendo 34% em Santa Catarina e 12% no Paraná. No Rio Grande do Sul, que em outubro passa a ter 100% do seu território coberto por seca, também houve intensificação da condição, com destaque para o aumento de 44% na área com seca moderada.

    O Monitor de Secas

    O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 15 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. 

    O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. 

    Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões. O primeiro estado de fora do Nordeste a entrar foi Minas Gerais em novembro de 2018. O Espírito Santo foi o próximo a aderir em junho de 2019. Em 2020, passaram a integrar o Mapa do Monitor: Tocantins (janeiro), Rio de Janeiro (junho), Goiás (julho), Distrito Federal (julho) e Mato Grosso do Sul (agosto).

    A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.

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