• Ministério sabia de riscos de incêndio em hospital pelo menos desde abril de 2019

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  • 28/10/2020 09:46

    Um relatório produzido em abril de 2019 por uma equipe de engenheiros, a pedido do Ministério da Saúde, constatou diversos problemas na estrutura de combate a incêndios do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte do Rio. Um ano e meio depois, nada foi feito e nesta terça-feira, 27, o hospital pegou fogo, matando pelo menos dois pacientes.

    Em setembro de 2019, de posse desse relatório, a Defensoria Pública da União cobrou providências da direção do HFB para ajustar o hospital às normas de segurança e solicitou ao Corpo de Bombeiros que fizesse uma vistoria na unidade de saúde.

    “Depois disso, a Defensoria fez seu papel de reforçar reiteradamente a necessidade de providência urgente aos órgãos competentes”, informou, em nota, a Defensoria. “Sobre as razões de as demandas não terem sido atendidas, não temos como responder. Sugerimos que as perguntas sejam encaminhadas aos responsáveis pela gestão do HFB”

    Saúde diz que projetos de reforma de hospital incendiado estavam ‘em andamento’

    Alvo de incêndio, o Hospital Federal de Bonsucesso, na zona norte do Rio, tinha vários projetos “aprovados pelo Ministério da Saúde e em andamento para realizar uma série de reformas de urgência”, segundo nota divulgada pela pasta na noite desta terça-feira, 27.

    “Apesar da unidade de saúde ter vários projetos aprovados pelo Ministério da Saúde – e em andamento – para realizar uma série de reformas de urgência, ainda não é possível afirmar as causas do incêndio”, afirma o Ministério. “Apenas após o trabalho da perícia será possível apontar os fatores que levaram ao ocorrido”, segue a nota.

    O Ministério lamentou a morte dos pacientes e afirmou que a prioridade naquele momento era “zelar pela vida das pessoas e controlar a situação”.

    “Ainda não foram identificadas as causas do incêndio, mas todas as providências estão sendo tomadas nesse sentido. O hospital já tinha um diagnóstico prévio sobre a situação estrutural do complexo hospitalar, inclusive de toda a rede elétrica – o que vai facilitar a apuração dos fatos que levaram ao ocorrido”, afirmou o Ministério da Saúde.

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