• Ministério Público denuncia médico e estudante de medicina por estupro de vulnerável

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  • 26/10/2018 19:05

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Petrópolis, denunciou o médico Lucas Pena de Oliveira e o estudante Guilherme Amorim Tobias por estupro de vulnerável. De acordo com a denúncia, eles anularam o discernimento e a capacidade de resistência da vítima com o objetivo de praticar ato sexual com ela. Os dois foram presos no dia primeiro de outubro, durante a Operação Tarja Preta deflagrada pelos policiais civis da 106ª Delegacia de Pollícia. Eles estão na cadeia pública de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro.

    A denúncia foi acatada a partir do inquérito encaminhado pela delegada Juliana Ziehe, da 106ª Delegacia de Polícia, em Itaipava.

    De acordo com o MPRJ, Guilherme não praticou atos sexuais contra a vítima, mas concorreu para o crime ao fornecer para Lucas as substâncias entorpecentes que nublaram os sentidos dela, bem como por conduzi-la até o local do crime. Conversas entre os dois denunciados nas vésperas do crime demonstram a intenção deles de doparem mulheres durante a “Festa dos 100 dias”, comemoração que antecede a formatura do curso de medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis.  Além disso, depoimentos de testemunhas colhidos durante as investigações confirmaram que os denunciados forneceram substâncias à vítima.

    Segundo a denúncia, no dia do evento, com o avançar da hora, os denunciados sugeriram que a vítima e outras pessoas continuassem a comemoração na casa de Lucas. Durante o trajeto, pararam em um posto de combustível para comprar bebidas, e, durante esta parada, Lucas fez com que a vítima provasse alguma substância, que afirmou ser ecstasy, mas que, no entanto, obscureceu os sentidos da vítima.

    Após a parada no posto, o grupo de seis pessoas seguiu para apartamento de Lucas.  Após certo período de tempo, Guilherme, dirigindo o carro de Lucas, se ofereceu para levar alguns dos presentes até as respectivas residências, deixando a vítima sozinha com Lucas.

    A partir deste momento, quando a vítima já não tinha mais domínio sobre o próprio corpo e estava absolutamente impossibilitada de oferecer resistência, Lucas obrigou-a  a suportar diversos atos sexuais e libidinosos. Laudo médico identificou vestígios dos atos.

    O crime de estupro de vulnerável (artigo 217 do Código Penal) prevê pena de oito a quinze anos de prisão.  O MPRJ requisitou, ainda, a decretação da prisão preventiva dos denunciados.

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