• Mineralograma II

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 10/10/2016 12:00

    Começamos com um soneto em homenagem ao meu amigo João Roberto Gullino, sonetista e residente em Petrópolis: “Sinto um maravilhoso perfume / que me encanta e inebria, / trazendo, de repente, a lume / a minha louca fantasia; / de ver seus cabelos correrem / como um rio negro caudaloso, / que faz meus nervos tremerem / em seu ritmo gostoso e impetuoso; / que desce as corredeiras / de suas costas altaneiras / e vem tranquilo repousar; / em pontas tentadoras, / fascinantes e voadoras, / onde quero descansar…” – Rodolfo Pamplona Filho. No artigo “Mineralograma I”, publicado no domingo passado, enfocamos a importância dos cabelos para a nossa saúde e do exame de mineralograma como diagnóstico. 

    Agora vamos discorrer sobre a praticidade e a forma do exame. Embora a maioria das pessoas que fazem o mineralograma do cabelo estejam doentes, você não precisa estar com a saúde ameaçada para fazer uso desse valioso instrumento. Muita gente o utiliza para prevenir problemas potenciais, monitorar a exposição a metais tóxicos ou simplesmente otimizar sua nutrição. Como fazer: em primeiro lugar, você precisa fornecer uma amostra de seu cabelo. Esta deve ser retirada de várias áreas do couro cabeludo, na parte de trás da cabeça. Você simplesmente reparte o cabelo e corta-o o mais próximo possível do couro.

     Corte o excesso das pontas, deixando os fios com comprimento entre 2,5 a 3,5 cm ( a amostra deve provir da parte do cabelo mais próxima à raiz). A quantidade necessária equivale a 1 colher de sopa. Quando não há cabelo, podem-se colher amostras de unhas ou pelos pubianos, com a ressalva de que os resultados poderão não refletir seu equilíbrio mineral mais recente, já que esses tecidos se formam mais lentamente que os cabelos. Quando sua amostra chega ao laboratório, é preparada para o exame através de diversos procedimentos especializados. Após minuciosa preparação, sua amostra é colocada em tubos de ensaio múltiplos. Acrescentam-se então ácidos especiais que dão início à decomposição ou "digestão" do cabelo. 

    Os ácidos, juntamente com a alta temperatura ambiente, promoverão a separação dos elementos contidos na proteína do seu cabelo. Quando ele houver sido completamente "digerido", restarão apenas os minerais. Depois de colocados em solução, os minerais são então analisados por instrumentos especiais de alta sensibilidade. Os resultados do seu exame são interpretados, levando-se em conta centenas de fatores, tais como: os níveis nutricionais minerais e suas inter-relações, os metais pesados e a categorização metabólica. Surge então o Relatório do Mineralograma, um minucioso relatório personalizado, acompanhado de gráficos e explicações sobre seu próprio corpo. Embora você saiba que as vitaminas e os minerais são essenciais, é preciso saber que tomá-los demais é tão nocivo quanto tomá-los de menos. Tome nota: nos próximos anos, vai-se falar muito mais de problemas por "supernutrição " que por subnutrição. Percebe-se agora por que não é aconselhável simplesmente tomar um complexo multivitamínico ou aumentar a dose de vitamina C ou outros nutrientes sem saber qual é o seu equilíbrio mineral. Você se arrisca a provocar mais desequilíbrios. Por que não deixar de lado essa história de suplementos e simplesmente fazer diariamente, quando possível, refeições nutritivas e equilibradas? Por que não utilizar a moderna tecnologia do mineralograma do cabelo? Assim, você saberá o que precisa e o que não precisa ingerir.

    achugueney@gmail.com

    Últimas