• Mesmo sem salários, policiais civis de Petrópolis não suspendem o trabalho

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  • 13/12/2016 10:20

    Policiais civis e delegados do Rio de Janeiro fizeram ontem uma paralisação nas delegacias da cidade, das 8h às 16h. O movimento dos agentes é contra as péssimas condições de trabalho e contra a aprovação de projetos do governo que estão em votação na Assembleia Legislativa do Rio, que alteram a previdência dos servidores e adiam o pagamento de reajustes. Em Petrópolis, contudo, as delegacias funcionaram normalmente, apesar do salário deste mês ainda não ter sido depositado e as unidades virem operando sem repasse de verbas do Estado há, pelo menos, seis meses.

    De acordo com o delegado Anderson Cleiton, da 106ª Delegacia de Polícia, em Itaipava, a verba destinada à faxina, papel e tinta de impressora já foi cortada pelo Governo do Estado há mais de seis meses. Segundo o delegado Cláudio Batista, da 105ª Delegacia de Polícia, no Retiro, os serviços de limpeza e faxina foram assumidos pela prefeitura, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) e a delegacia tem conseguido doações de papel e tinta de impressora. “Houve ainda ameaça de corte de verba para o abastecimento das viaturas, mas isso não ocorreu”, disse. De acordo ainda com o delegado, os salários deste mês ainda não foram depositados.

    Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, que participou pela manhã de ontem de manifestação em frente à sede da Chefia da Polícia Civil, no Rio de Janeiro, os policiais “já estão em seu limite”.

    “Estamos vivendo no limite. Claro que o país, e principalmente o nosso estado, passa por uma crise intensa, mas não temos culpa nisso. Tudo que vem acontecendo é fruto de corrupção, má gestão e a crise econômica que se instalou. O que não dá é para ficarmos de braços cruzados assistindo passivamente a tudo isso”, disse.

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