Maria…

De acordo com a etimologia, estudo da origem e evolução da palavra, o nome é grafado em vários idiomas a começar pelo português, espanhol, latim, italiano e demais de origem celta, germânica, românica e sofre alterações a exemplo de Mary, em inglês, Maren em dinamarquês, Marija em servo-croata, Marie em holandês, Maryen em turco, Marika em húngaro… Maria dos diversos significados “senhora soberana”, “pura”, Ícone do Espírito Santo. 

Fundamental na história da humanidade. Mãe de Deus e nossa. Conhecida por invocações, epítetos e outros títulos na Igreja Católica Apostólica Romana, Anglicana, Ortodoxa ou Cóptica. Reverenciada em templos, mosteiros, etc. Nome associado à Maria Helena, Maria Vitória Maria Eduarda, etc.. Das caravelas que aportaram no Brasil em 1500, uma se chamava Santa Maria… O trem movido a vapor, inaugurado por Dom Pedro II em 1854 era a Maria Fumaça…

Maria Antonieta arquiduquesa da Áustria, rainha da França e Navarra, Maria I de Portugal – rainha, Maria Amélia e Maria da Glória Orleans e Bragança, princesas brasileiras, Maria na política, forças armadas: Maria Quitéria heroína da Guerra da Independência, artes, jornalismo, magistério, judiciário, ministério, música, medicina, clero, beleza, do lar, telenovelas, Maria Bonita, companheira de Virgulino, o Lampião. 

“Maria vai com a outra”, célebres ou anônimas ou que desfilam em requintados salões… Maria em poemas: “Maria sofrida/ Maria da vida/Maria sem meta/Maria tristeza/Maria sem sorte/um passo pra morte…” “Lá vai Maria, sofrida na lida/./O Sol arde e cozinha os miolos e torra a pele/e racha os calcanhares, unha encravada e frieira nos pés/em pleno Sol a pino./Lá vai Maria, com trouxa de roupa e filho na cacunda. 

A cotovia pia em homenagem à Maria tão pia e pura/em mais um dia de caminhada em busca d’água/pra lavar a roupa rala./E de barriga vazia, canta Maria o seu lamento./Avista o rio Paraíba, que banha e banha…/A água é de barro na espuma poluída – que vida! Há pedra e seca, e, enquanto coalha e torce,/ aproveita e arma o anzol pra tentar o jantar. O peixe boia, o boi bebe, o capim é escasso, o bezerro berra/de ossos à vista.

Maria corre, recolhe os panos, porque já é tarde/e não há outro plano, precisa voltar a catar gravetos/pôr água no fogo e descascar inhame, preparar o café./ João vai chegar cansado e suado quando o Sol declinar./E não é que ele chega e se lava na bica e ainda assim sonha/e Maria assanha em mil labaredas, pois, se amam muito./De lamparina acesa em meio à algazarra comentam o dia/enchendo a barriga de esperança no filho que vai chegar./Mais um pra lavoura, plantar muito milho, arroz e feijão./A estrela-d’alva clareia a noite e chega a madrugada/e o galo canta em mais um dia – levanta, Maria! Em meio à fumaça a água ferve, coa café, remexe a broa./

E recomeça João – lavoura, Maria – rio e a cotovia pia e ela, pura, e enfeitando sonhos/ mais uma vez banha com água poluída os retalhos do coração.” Salve Maria! “Maria fonte de luz gerou Jesus, luz do mundo. Maria fonte de vida porque nos deu Jesus o pão da vida. Maria Mãe de Misericórdia porque é arrimo, pálio e auxílio dos cristãos. Maria Mãe do consolo e saúde dos enfermos porque é presença viva em todos os dias de nossa vida. Maria rainha da paz e Mãe da Divina Providência porque é nossa intercessora junto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Maria porta do céu, porque somente da Senhora que é também Mãe nossa, nasceu a salvação do mundo”..