• Máquina humana movida a oxigênio – VO2 Máximo

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  • 06/08/2020 00:01

     

    Assim como o carro é movido à gasolina álcool ou diesel, o nosso corpo é movido a oxigênio, por isso somos chamados de seres aeróbios. À medida que fazemos qualquer tipo de atividade física a necessidade de oxigênio aumenta e isso é medido em valores chamado de VO2 (volume de oxigênio expresso em mililitros por kg de peso corporal por minuto – ml/kg/min. ou medido em litros por minuto – l/min.). Ao contrário do automóvel nós gastamos combustível (oxigênio) quando estamos parados ou dormindo. Nessa situação o VO2 estimado é em torno de 3,5 ml/kg/min. e na situação máxima num exercício extenuante como a corrida, corredores comuns como nós, esses valores podem chegar próximo de 51 a 60 ml/kg/min. valores esses clamados de VO2 máximo. Num atleta de elite esses valores podem chegar a 70 ou 80 ml/kg/min. Em tese quanto maior o VO2 Máximo melhor o desempenho ou a chamada potência aeróbia do corredor numa prova de média e longa distância, mas não é o mais importante. O desempenho esportivo da máquina humana depende de vários outros fatores onde o VO2 Máximo é apenas um deles. Alguns são treináveis como os fisiológicos, os psicológicos e os biomecânicos. Outros fogem ao controle dos treinadores como a genética. O dado talvez mais importante é o chamado Limiar Anaeróbio que se refere ao maior percentual de utilização de oxigênio utilizado numa determinada velocidade, ponto onde o corpo começa a ter dificuldade de remover o lactato sanguíneo que é o resultado da combustão “travando” por assim dizer o corredor. Isso significa dizer que dois corredores de mesmo VO2 máximo podem ter velocidades diferentes pela diferença de capacidade de utilização do oxigênio disponível. Ou seja, o atleta com maior Limiar Anaeróbio chega na frente como é o caso dos quenianos. O tempo de maturação se refere à idade e os anos de treinamento adequado. Prof. Moraes

    Literatura Sugerida: Kenyan dominance in distance running. Larsen HB.Comp Biochem Physiol A Mol Integr Physiol. 2003 Sep; 136(1):161-70.

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