Mais um “vazamento” no governo, agora o plano de reabertura do comércio

Plano 1

“Vazou” em redes sociais o plano de reabertura de atividades econômicas que a Prefeitura anunciou que estava fazendo. As tais ondas verde, vermelha, amarela e branca que vão identificar o escalonamento da retomada das atividades. Mas, só recomenda práticas de segurança e determina horários de funcionamento. Só. Não tem ainda um plano de ajuda fiscal, de publicidade, o que seja,  para os negócios.

Plano 2

E Marcus Curvelo, pré-candidato a prefeito pelo PSB de Bomtempo, teve acesso ao documento e meteu a ripa no Facebook. Lá pelas tantas ele diz que a “em resposta a minha cobrança que fiz (sic), a prefeitura divulgou esse documento”.  Só porque ele cobrou? Curvelo: menos. Bem menos. 

Ah, esses números…

Depois do paciente ressuscitado, a prefeitura e o governo do Estado divergiram sobre o número de óbitos pela Covid-19 em Petrópolis. Quatro óbitos entraram nos registros do governo do Estado na segunda-feira, mas a prefeitura não contabilizou estas mortes e apenas ontem ambos concordaram que o número era de duas mortes. 

Que fase

Teve o caso do paciente vivo anunciado como morto, a divergência nas estatísticas de óbitos, moradores protestando contra barreiras (mal) colocadas no Moinho Preto e ainda vaza o rascunho do tal plano de reabertura das atividades econômica. Que fase, hein?

Neyse de Aguiar Lioy, especialista da cultura germânica e embaixadora de Turismo do Estado do Rio, não está parada nesta quarentena, não. Olha o tanto de trabalho bonito, com bordados, ela já fez!

Só em horário comercial 1

Sobre o restaurante que promoveu uma festinha sábado – coisa boba, pra mais de 100 pessoas – e acabou com alvará cassado pela Prefeitura – a fiscalização só bateu lá na segunda-feira de manhã. Mesmo porque o número para denúncias da Secretaria de Segurança e Serviços Públicos (SSOP) só funciona de segunda a sexta, de 9 às 17h… Acho melhor pensar em ter um plantão à noite e finais de semana.

Só em horário comercial 2

Um dos motivos para não ter ocorrido um lockdown em Petrópolis até o momento é justamente a falta de estrutura. O prefeito Bernardo Rossi já se sentiu muito inclinado a decretar, mas operacionalizar isso que será difícil. Falta gente pra fiscalizar e nem mesmo a PM poderia reforçar. Única alternativa seria pedir ajuda ao Exército.

E os funcionários?

Para abrir, o restaurante da festinha de sábado, é claro, teve que contar com o trabalho de funcionários.  Agora imagina, mesmo com alguma proteção, como máscaras, garçons servindo a galera naquele aperto de balada… E o que aconteceu com estes funcionários? Fizeram exames? Estão monitorados? Prefeitura está fazendo o quê para assisti-los? Ou não está?

Turistas sobem a serra 1

Pessoas também ficaram intrigadas com a chegada da galera que participou da festa. Passaram pelas barreiras sanitárias como? Pois é. A prefeitura diz que o acesso de turistas na cidade está suspenso e que apenas hóspedes que estejam comprovadamente a trabalho em Petrópolis podem entrar.

Turistas sobem a serra 2

Talvez seja o caso de avisar à TurisPetro. A secretaria de Turismo há algumas semanas, em mensagem por redes sociais, disse que a rede hoteleira deveria avisar ao Disque Turismo com antecedência o horário em que os turistas vão passar pelas barreiras para que sejam liberados.  Tomaram esta atitude depois que turistas desavisados foram barrados e tiveram que retornar e cobraram os custos de pedágio e gasolina aos hoteleiros. 

Barreiras

Falando nisso, a Prefeitura anunciou que teria a colaboração da Polícia Militar – a mando do governador Witzel – nas barreiras sanitárias. E aí? Já tem um balanço? Funcionou? 

Ibope

Petrópolis é uma das 133 cidades em que o Ibope e o Ministério da Saúde estão aplicando 99 mil testes rápidos. Aqui, serão testados 250 moradores. Já até começou, mas os pesquisadores tiveram que retornar porque no primeiro dia muita gente negou acesso a eles com medo de ser golpe. Tiveram que pedir ajuda à Prefeitura para retornar em alguns locais. Os testes são feitos em pessoas que não têm sintomas e vai servir para determinar com que velocidade a população está adquirindo anticorpos contra a doença.

E Petrópolis é muito linda mesmo. Taí a foto de Hélcio Mano, na Piabanha, que não nos deixa mentir.