• Mais Médicos: Brasileiros veem chance de aprimoramento

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  • 09/11/2016 14:54

    Há três anos, o programa Mais Médicos tem cumprido com a missão de levar saúde aos brasileiros que vivem nas regiões carentes, periferias das grandes cidades, no interior do país, nas aldeias indígenas. Se inicialmente o programa precisou recorrer à cooperação internacional para garantir a assistência à saúde nesses locais, hoje a realidade é outra.

    Cada vez mais brasileiros veem no Mais Médicos uma oportunidade de capacitação, trabalho e aprimoramento na profissão. Com esse interesse crescente, a prioridade da gestão do Ministério da Saúde é conseguir aumentar ainda mais a participação de médicos formados no Brasil em atuação no programa. Este mês, serão abertas 1.004 vagas oferecidas prioritamente aos brasileiros que atuam no país.

    Boa parte das vagas abertas está em capitais, regiões metropolitanas e em municípios com mais de 250 mil habitantes. Locais onde a presença de um médico para a Atenção Básica é primordial, como avalia um dos integrantes do programa, o médico Jefferson Leandro dos Santos, brasileiro, e que está há dois meses no Mais Médicos. “A saúde estava realmente precária e agora com o programa as pessoas estão tendo atendimento médico. Muitos pacientes relatam que a vida melhorou muito. Já ouvi de alguns que eles nunca tiveram acesso a médicos. Na minha UBS, tinha apenas um clínico com vaga apenas para o ano que vem. Depois que eu e outra colega do programa entramos a agenda foi vencida”, comemora.

    Os novos médicos vão substituir médicos cooperados que vieram de Cuba nos primeiros ciclos do programa e que encerraram os três anos de atuação. Este é apenas o começo, porque a meta do Ministério da Saúde é de quatro mil substituições nos próximos três anos.

    Além de beneficiar a população carente por saúde, o programa também tem sido elogiado pela formação profissional de médicos, em especial os que acabaram de terminar a faculdade. A médica Carolina Bueno, por exemplo, trabalha há três anos em uma Unidade Básica de Saúde, em São Paulo. “Eu entrei como recém-formada e acredito que na minha formação de médica, e inclusive pessoal, foi muito positivo. A gente convive numa prática diária da medicina e aprende a lidar com situações que na faculdade você não vê”, explica.

    Médicos atuando na prevenção

    Também integrante do Mais Médicos, Lúcio Flávio Nunes trabalha no Gama, cidade administrativa do Distrito Federal, onde atende pacientes no Unidade Básica de Saúde e faz visitas domiciliares, com o objetivo de acompanhar a população e prevenir doenças evitáveis. Para ele, os profissionais do Mais Médicos passaram a ser o primeiro contato dos pacientes da região com a assistência à saúde. “Eu gosto desse atendimento que é ambulatorial mesmo. Que tem como base a prevenção, que a gente consegue minimizar e resolver a maior parte dos problemas de saúde. A gente diminui o fluxo para as especialidades e consegue sanar e estar presente para a população. Acho que todos precisam passar por isso. Trabalhar na linha de frente, com a assistência básica”, recomenda.

    Pelo edital do Ministério da Saúde, as inscrições para as vagas começam no dia 20 de novembro e vão até 23 de dezembro. Vagas não preenchidas por brasileiros que já atuam no Brasil serão colocadas à disposição de brasileiros formados em qualquer país. A cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde vai ser mantida enquanto houver vagas que brasileiros não se interessem em ocupar.

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