• Mais dois cães sofrem violência no Centro e são socorridos por cuidadores

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  • 25/10/2019 11:29

    Mais dois casos de maus tratos a animais fora registrados no Centro Histórico. Na manhã desta quarta-feira (24), pedestres encontraram dois cães gravemente feridos na Praça Alcindo Sodré. Um deles, com ferimentos na pata traseira, foi resgatado pelo protetor Domingos Galante. O outro se assustou e fugiu em direção à Rua Visconde de Souza Franco e ainda não foi encontrado. Ainda não se sabe quais foram as circunstâncias da violência.

    O cão foi levado para a clínica Amigo Bicho, recebeu cuidados e foi encaminhado para um lar provisório até que se recupere e seja adotado. Na cidade têm sido frequentes situações de maus-tratos e violência contra animais. Em agosto, quatro cães comunitários que vivem nas ruas do Centro foram brutalmente espancados. Os responsáveis não foram identificados. Em setembro, mais três casos, desta vez nos bairros. Um cachorro teve 70% do corpo queimado, na Estrada da Saudade, não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro, no bairro Esperança morreu de desnutrição, e um terceiro foi atropelado no Siméria.

    Grande parte desses resgates e atendimentos é feito por protetores e voluntários. Nesta quarta-feira, testemunhas contaram que entraram em contato com a Coordenadoria de Bem-estar Animal (Cobea), mas foram informados que o órgão apenas fiscaliza as situações de maus-tratos. “Disseram que era um órgão fiscalizador, e que não tinham onde colocar os animais nestes casos. E que iriam entrar em contato com protetores para irem até o local e me dariam um retorno, e nem retornaram. Mandei foto dos animais, expliquei a situação e não fizeram nada”, lamentou Mônica Amaral, que ajudou no resgate do cão. 

    Domingos disse que na quarta-feira, ficou sabendo dos cães feridos por meio de uma postagem nas redes sociais. Segundo o protetor, a situação está cada vez mais difícil para os protetores, são despesas altíssimas nas clínicas médicos veterinárias e pouco ou nenhum apoio do poder público. “A Cobea de novo está igual ou pior do que era antes. A Prefeitura tem uma máquina para trabalhar e não utiliza. Falta gestão, falta um veterinário que atenda todos dias e não só para fiscalizar. Tem coisas que não precisam de dinheiro, precisa de organização e gestão, coisas que não tem”, desabafou. 

    A prefeitura foi consultada sobre o caso, e disse que a Cobea recebeu a denúncia e acionou um grupo de protetores que fazem recolhimento de animais para ajudar no caso. E disse ainda que a Cobea é um órgão que fiscaliza denúncias de maus tratos. Neste ano, são mais de 404 denúncias cadastradas. A coordenadoria entregou 37 notificações técnicas – quando o veterinário indica quais são os procedimentos que devem ser adotados pelo responsável, sendo passível ou não de penalidade, caso o proprietário não proceda com as recomendações. Em dois casos a Cobea multou o proprietário do animal. 

    E acrescentou que além disso, a Cobea realiza campanhas permanentes de orientação e conscientização nas escolas e nas comunidades. Também dá suporte ao município em ações que envolvam a causa animal, como nas campanhas de castração. 

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