• Mais de mil servidores participaram da manifestação pelo pagamento do 13º

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  • 02/12/2016 08:55

    Mais de mil servidores participaram ontem de uma manifestação no centro da cidade. Protestando contra o não pagamento do 13º salário, eles percorreram com placas as Ruas do Imperador, Paulo Barbosa e foram até a Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara Municipal, onde foi realizada uma assembleia. Entre os manifestantes estavam os servidores das 178 unidades educacionais de Petrópolis. Outra manifestação está marcada para a próxima terça-feira, às 14h, quando também haverá paralisação das atividades escolares. 

    Ontem, a concentração aconteceu por volta das 14h, na Praça D. Pedro e, em seguida, os profissionais saíram em direção ao lado par da Rua do Imperador, seguiram até a Rua Paulo Barbosa e retornaram pelo lado ímpar da Rua do Imperador, até entrar na Rua da Imperatriz e chegar à Praça Visconde de Mauá. 

    Segundo a presidente do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Rose Silveira, os servidores da cidade estão acumulando inúmeros prejuízos financeiros, como pagamento do enquadramento por tempo de serviço atrasados, desde julho de 2013, assim como o pagamento dos enquadramentos por formação. Questionam também o atraso dos triênios desde março de 2016. Para a presidente do Sepe, a decisão do município vai impactar de uma forma negativa na economia da cidade, uma vez que boa parte dos profissionais pretendiam usar o benefício para pagar as dívidas. 

    Durante a manifestação, que aconteceu após a paralisação total ou parcial de algumas escolas, os servidores apresentaram faixas como “Cadê o nosso 13º?”. Até mesmo os profissionais que trabalham na Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis participaram do movimento e ironizaram a expressão “#somostodospetrópolis”, usada pelo órgão durante o governo, alterando para “#somostodossem13º”. 

    Quem participou do protesto questionou a decisão da prefeitura em não pagar o benefício dos trabalhadores. “Vai gerar um impacto muito grande nas nossas contas, em pleno fim de ano. Como vamos fazer para comprar presentes, pagar o cartão de crédito? E o nosso Natal, como fica?”, questionou uma servidora da Educação, que preferiu não se identificar. Enquanto uma outra profissional lembrou que o prefeito havia dito que ia manter todos os salários em dia. 

    Marcos Sagati, zelador de uma escola no Quitandinha há 12 anos, foi participar da manifestação vestido de Papai Noel e comentou que é a primeira vez que enfrenta esse tipo de situação. Além disso, afirmou que estava contando com esse dinheiro para pagar as dívidas de 2016.  

    Além de uma nova paralisação, os servidores também vão se reunir com o setor jurídico da Câmara Municipal de Petrópolis, na próxima segunda-feira, a fim de estudar medidas legais para que o pagamento seja realizado. 

    Sobre os questionamentos do Sepe, a prefeitura informou que já em 2013 apontou dificuldades para cumprir tudo o que havia sido pactuado pela gestão anterior com os servidores da Educação, como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Disse ainda que o governo municipal sempre deixou claro que reconhecia os direitos dos servidores, mas que entraves financeiros dificultavam a aplicação do que estava previsto na lei. “Em 2011, o impacto da aplicação do PCCS na folha de pagamento alcançou R$ 27,6 milhões (no ano). Hoje, o impacto anual já chega a R$ 40,7 milhões. Não questionamos o direito dos servidores, mas é importante ter responsabilidade. Existem limitações financeiras e isso não pode ser ignorado, sob pena de levar a Prefeitura ao colapso”, frisou o secretário de Administração e Recursos Humanos, Henrique Manzani.   



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