• Mais de 85% dos servidores da educação já aderiram à greve

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  • 09/08/2018 08:16

    Os profissionais da educação realizaram uma nova manifestação nessa quarta-feira (8) no centro da cidade. Os manifestantes percorreram ambos os lados da Rua do Imperador e seguiram rumo à Câmara Municipal de Petrópolis, onde foi realizada uma audiência pública, às 19h, solicitada pela Comissão de Defesa da Educação, para tratar de questões referentes à categoria. Desde o dia 31 de julho, os 45 mil alunos da rede municipal de ensino estão sem aulas. Isso porque mais de 85% da categoria aderiu a greve.

    A categoria pede 14% de reajuste e afirma que já acumula três anos de perdas com relação aos triênios e aos enquadramentos por tempo de serviço e formação, pois todos estão congelados. A medida provocou, segundo o sindicato, um acúmulo de 30% a 35% de perda salarial. “Sou professora da rede municipal há 17 anos e estou há três sem nenhum reajuste salarial, e mais um monte de perdas. Hoje meu salário vem com um deficit de R$1 mil, por conta dos nossos direitos que não estão sendo cumpridos”, disse a professora Rosangela Vanzar.

    Ainda segundo ela, outro problema é o aumento de todas as contas, como luz, água, aluguel, alimentação, entre outros, que cada vez mais ficam difíceis de ser quitadas por conta do salário defasado. Para a profissional de apoio Débora Silva, a situação é ainda mais grave. “O meu deficit é de R$ 500, aproximadamente, mas por conta de um empréstimo que fiz quando ainda recebia o correto, os descontos fazem com que meu salário líquido no fim do mês seja de apenas R$650. Esse é o valor do meu aluguel, então imagina a situação que vivo atualmente com a minha família. Assim como eu, muitos profissionais da educação passam dificuldades hoje em dia”, lamentou.

    Nesta sexta-feira (10), uma nova assembleia será realizada, após reunião com o município. Na ocasião será definido se a greve continua ou não por tempo indeterminado. “Nós apresentamos um estudo para o governo, que teve um ano e sete meses para se organizar e conceder os nossos direitos, e nada fez. Nesta sexta a prefeitura ficou de apresentar um estudo do município e uma contraproposta. Só a partir daí avaliaremos como fica a questão da educação na cidade”, disse o coordenador geral do Sepe, Daniel Salomão. 

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