• Mais de 50 pessoas participam de vigília em frente a Casa da Morte

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  • 01/04/2016 15:20

    Mais de 50 pessoas participaram na quinta-feira da caminhada até a Casa da Morte. O grupo se reuniu às 20h na Praça D. Pedro, com faixas e cartazes. Na ocasião, relembraram fatos do regime militar que aconteceram no país e as vítimas que passaram pela Casa da Morte, residência localizada na Rua Arthur Barbosa, no Caxambu, onde funcionou um dos principais centros clandestinos de tortura do país. Por volta das 22h, o grupo caminhou com os cartazes pelas ruas do Centro Histórico, passando pela Rua do Imperador, Santos Dumont, Barão de Águas Claras e seguindo até a residência, onde foi realizada uma vigília. A data escolhida, foi o dia em que se rememora os 52 anos do golpe militar de 1º de abril de 1964. 

    O encontro marcou a abertura da Semana pela Memória, Verdade e Justiça em Petrópolis, organizado pela Comissão Municipal da Verdade de Petrópolis (CMV-Petrópolis), em parceria com a prefeitura. Durante a vigília foram fixados cartazes no portão da casa com frases como “1964: Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça”, “Ditadura Nunca Mais” e “Pela transformação da Casa da Morte em um Centro de Memória”. Os participantes também seguraram velas e fotos das vítimas da tortura na Casa da Morte, como forma de homenagear e honrar a memória daqueles que lutaram pela democracia nos anos de chumbo. Além disso, foram lidos textos e poemas e o grupo cantou junto a canção “Pra não dizer que não falei das flores”. 

    Esta foi a segunda vez que aconteceu uma vigília no local. A primeira foi realizada em 2014,em uma descomemoração aos 50 anos do golpe. Antes disso, em 2012, houve um ato que reuniu petropolitanos em frente ao imóvel, em uma campanha pela desapropriação da Casa da Morte, para que seja transformada em um Museu pela Memória, Verdade e Justiça. 

    Hoje, os membros da CMV-Petrópolis, composta por Eduardo Navarro Stotz, Maria Helena Arrochellas, Rafane Valoura Paixão, Roberto Carlos Schiffler Neto e João Fabre dos Reis, foram empossados oficialmente em uma solenidade na Casa dos Conselhos. O grupo pretende esclarecer prisões, mortes e desaparecimentos e terá dois anos para realizar a pesquisa. Além disso, busca apoiar a desapropriação do imóvel no Caxambu. 


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