• Mãe de vítima defende que ataque recente de pitbulls poderia ter sido evitado

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  • 21/07/2019 11:26

    Preocupada com o caso do idoso que foi brutalmente atacado por dois cães da raça pitbull, na tarde da última quinta-feira, no Centro, a mãe de uma das vítimas dos cães desabafou sobre a situação. Após mais de três meses do ataque, a vítima tem pesadelos e ficou traumatizada com o ocorrido. O caso aconteceu no dia 30 de março, na Rua do Imperador, próximo ao número 817. A mãe da vítima, que pediu para não ser identificada, contou que a filha, de 19 anos, passeava com o cão da família quando foi atacada pelos cachorros.

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    Ela contou que, com a aproximação dos animais, a filha caiu e os dois pitbulls foram para cima. O funcionário de uma loja perto do local do incidente foi quem conseguiu separar os cães. A jovem sofreu escoriações nas mãos e foi encaminhada para Upa para receber atendimento. O seu cão, que também ficou ferido com o ataque, foi encaminhado para uma clínica veterinária.

    “O estranho é que no ataque ocorrido em 30 de março deste ano, por esses mesmos cães, a vítima fez queixa na delegacia e, após, fez os exames de corpo delito. Se as providências cabíveis tivessem sido tomadas pelas autoridades competentes, esse ataque de ontem poderia ter sido evitado”, disse indignada a mãe da vítima.

    As despesas com o cão chegam a quase R$ 500, somente na clínica veterinária. A mãe da vítima disse que juntou toda documentação para pedir na justiça o reembolso das despesas médicas e a punição pelo ataque dos cães. “Essa mulher [proprietária dos cães] está colocando risco todas as pessoas próximas. Eu entendo que a culpa não é do animal, e se essas pessoas não têm como cuidar desses cães, os deixam soltos, alguém precisa tomar alguma atitude”, desabafou.

    No dia do ataque à vítima na Rua do Imperador, agentes da Guarda Civil capturaram os cães e os devolveram ao proprietário, segundo a prefeitura informou na ocasião. Já nessa quinta-feira (18), quando Sinval Carlos de Souza, de 83 anos, foi brutalmente atacado pelos animais, quando caminhava pela Rua Visconde do Bom Retiro, segundo a prefeitura, nem a Guarda Civil e nem a Coordenadoria de Bem-estar Animal (Cobea) foram acionados.

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    Sinval permanece internado no Hospital Santa Teresa. Ele teve o braço esquerdo dilacerado, bem como múltiplas lesões de nuca e cabeça. Seu estado de saúde não foi divulgado pelo hospital. Na quinta-feira, a Polícia Militar esteve no local junto com o Corpo de Bombeiros, que socorreu o homem, e encaminhou a proprietária dos animais para a 105ª DP, onde o caso foi registrado. A proprietária vai responder pelos crimes de lesão corporal culposa e omissão de cautela na guarda ou condução de animais. 

    Os cães continuam em posse do proprietário. Segundo a prefeitura, em casos como o de quinta-feira, as ocorrências devem ser registrados na delegacia mais próxima, devendo ser identificado o responsável e seu endereço. O responsável pelo animal terá que responder criminalmente sobre o assunto. Cabe à Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cobea) fiscalizar os casos de maus-tratos. A retirada do animal só acontece nos casos mais graves, com o apoio da Justiça. 


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