• Lutero: um homem à frente do seu tempo

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  • 14/10/2016 12:00

    Como liberdade, entendemos o direito de decidir conforme nossa consciência em todos os campos da vida: pessoal, financeira, social. 

    Para nós, este conceito parece natural, mas o conceito de liberdade é algo recente na história da humanidade. Desde a revolução francesa (ano de 1789) é que este conceito passa a fazer parte da vida das pessoas. 

    Nos povos primitivos, o conceito de liberdade simplesmente nem existia. Tudo era determinado pelas leis que regiam a tribo ou aquele povo. Cada um já tinha o seu papel definido, determinado dentro daquela organização social.

    Considerando que o fóssil mais antigo da espécie humana data de 2,8 milhões de anos, vemos quão curto é o espaço de tempo da história humana que o termo liberdade faz parte (227 anos – 0,008% do tempo da existência da raça humana). 

    No entanto, já cerca de 270 anos antes da revolução francesa, Martin Lutero defende a liberdade de escolha conforme a consciência.  Em sua resposta à Igreja e ao Imperador quando foi instado a negar seus inscritos, ele diz: “em vista das passagens das Sagradas Escrituras que acabei de citar, eu me sinto dominado pela minha consciência e prisioneiro da Palavra de Deus. Por isso mesmo, não posso e não quero renegar nada, pois fazer algo contra a consciência não é seguro, nem saudável. Deus me ajude, amém”.

    E, justamente por ser algo recente na história da humanidade, as pessoas não sabem muito bem como lidar com a liberdade. 

    Usemos como exemplo claro a questão financeira: cada um recebe o salário e é livre para decidir o que fazer com ele. O que acontece? O descontrole, sendo que o percentual das famílias endividadas e inadimplente do país em janeiro de 2016 era 61,6%. Porque não sabem lidar com a LIBERDADE que tem em relação ao dinheiro. “O dinheiro é meu, eu faço com ele o que eu quero e ninguém tem nada a ver com isso”! Se as empresas não descontassem o valor do INSS, teríamos um caos social, pois a grande maioria das pessoas não iria pagar INSS por sua própria conta.

    A liberdade é usada de forma egoísta, onde cada um pensa em si: eu faço o que eu quero, como quero, quando quero. Não se pensa na coletividade, no servir, no que aquele ato irá gerar de consequência para a coletividade. Por isso, temos a pessoa que coloca uma caixa de som na laje e a coloca no último volume com samba, pagode ou funk, obrigando todos ao redor a suportar aquela música sem perguntar se o seu vizinho ou se todos os vizinhos gostam ou querem ouvir aquela música. Esta forma egoísta do uso da liberdade também tem como consequência o caos em que virou nosso país, onde cada um só pensa no seu próprio bolso em detrimento da coletividade. Usa-se a liberdade para seu próprio benefício ao invés de ser usada para beneficiar o coletivo.

    A questão da liberdade é aspecto fundamental em nossa Igreja. Certa vez, num projeto de missão no Nordeste Brasileiro, uma pessoa da nossa Igreja foi convidar uma família que não era luterana para participar do culto. A primeira pergunta da pessoa da família convidada foi: – “E o que sua Igreja proíbe fazer?” – “Nada”, foi a resposta. A segunda pergunta foi: – “E quanto sua Igreja cobra?” – “Nada”, foi de novo a resposta. “Nós pedimos que cada um contribua com aquilo que pode para a obra da Igreja.”

    Este exemplo nos mostra a liberdade que existe em nossa Igreja. Aliás, nossa Igreja luterana é conhecida justamente pela liberdade que oferece para seus membros. Nada é a priori proibido. Não existe uma lista de coisas que não se pode fazer e uma lista de coisas que se tem que fazer. 

    O que nós fazemos é pregar a Palavra de Deus, o Evangelho de Jesus Cristo, e ele nos diz o que podemos e não podemos fazer. Não obrigamos ninguém a nada. Apenas anunciamos a Palavra de Deus, escrita na Sagrada Escritura e pedimos que todos aqueles que creem a sigam.


    Conheça a Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis. 

    Avenida Ipiranga, 346.

    Cultos todos os domingos às 09:00h. Tel. 24.2242-1703

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