• Lula, a fraude continuada

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  • 27/12/2016 12:00

    Já nos estertores do governo Dilma, Lula foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil, com o propósito de escapar das malhas da Lava-Jato. Quem não lembra do telefonema da ex-presidente, comunicando que deveria aguardar no aeroporto a chegada do tal “Bessias”, que lhe entregaria o termo de posse, a ser usado em caso de necessidade? Finalizada com o “tchau querida”, a conversa vazou e tudo foi por águas abaixo. Frustrou-se a ascensão de Lula da Silva ao mais importante ministério da República, de onde fugiria das decisões do juiz Sérgio Moro e comandaria uma espécie de governo paralelo. A alternativa n&ati lde;o se consumou, em boa hora para Dilma, uma solução que vinha engolindo de nariz torcido, imposta pelo PT e caciques laterais.

    Tem-se agora nova tentativa de blindar o ex-metalúrgico, com o lançamento precoce de sua candidatura a presidente, segundo dirigentes do PT, do Instituto Lula, da CUT e de organizações assemelhadas. Assim, ganharia força a ideia de que Lula estaria sendo perseguido pela Lava-Jato apenas por ser candidato, em condições de reconquistar o poder, como líder nas recentes pesquisas eleitorais. No mínimo, com a candidatura já nas ruas, a partir de fevereiro do próximo ano, criaria certo constrangimento a seus “algozes” de Curitiba, diante da opinião pública. Também pretendem aproveitar os bai xos índices de popularidade do governo Temer, a serem agravados por um conjunto de medidas impopulares, como a reforma da Previdência e as mudanças na legislação trabalhista.

    Na passarela dos sonhos lulopetistas, cimentados pela candidatura ideal e inviável de Marina Silva, o morubixaba ganharia de bandeja o terceiro mandato. Um cenário que enche de brilho os olhos dos dirigentes do PT, faz com que a companheirada esfregue as mãos de contentamento e deixa indócil a tropa que não consegue viver mais um único dia longe das burras do erário.

    No entanto, como a alegria de pobre dura pouco, no melhor sentido – pobre de espírito, de visão e de interesse público, de ética e de valores morais, o quadro idílico do lulopetismo predador está a léguas de realizar-se, torpedeado com as bênçãos da Lava-Jato. A rejeição de Lula hoje é enorme, algo em torno dos 50%, tornando inexequível qualquer projeto fundado em seu nome. O ex-metalúrgico, como santo do pau oco que sempre foi, desnudou-se finalmente perante a Nação. Nele ninguém mais acredita, a não ser seus áulicos e outros que vivem na depend&ecir c;ncia de seus favores, dentro ou fora do governo.

    Lá atrás, no Mensalão, com a falácia repetida à exaustão de que nunca tinha visto nada ou sabia de nada, a população brasileira ainda lhe via com alguma dúvida ou credibilidade, agora perdida para sempre, com o Petrolão e outras mumunhas escandalosas e milionárias. Perdeu a virgindade que nunca teve e quem o conhece jamais apostará num projeto eleitoral que tenha sua falsa grife, pontuada pelo cinismo sem limites.

    O tempo do lulopetismo é um e o da Lava-Jato e de outras instâncias do Judiciário é outro, inconfundíveis. Se houver margem segura para a condenação, será condenado, com base em provas bem estruturadas, no mesmo ritmo das investigações e denúncias, em cinco processos em curso, seja na época em que for, pelo juiz Moro ou outro magistrado.

    Portanto, sem perspectivas de êxito a fraude continuada da pré-candidatura de Lula, mais um golpe do desespero, que tem tudo para morrer no nascedouro.

    paulofigueiredo@uol.com.br


     

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