• Levantamento da CPTrans mostra 35 mortes em acidentes de trânsito em 2017

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  • 13/09/2018 19:52

    Os números de acidentes de trânsito de 2017 foram apresentados nesta terça-feira (11.09) em reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes, que aconteceu na sede da CPTrans. O documento traz, pela primeira vez, o número de vítimas de acidentes fatais pós-cena, aquelas que são encaminhadas a uma unidade de saúde, mas acabam morrendo a caminho ou no hospital devido às complicações do sinistro. De acordo com o documento, 35 pessoas morreram em vias urbanas do município, sendo 17 no local da ocorrência e 18 após. 

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    O documento apresentado mostra que a maioria dos óbitos são de homens com idade entre 21 e 30 anos. Um dado alarmante é que 37% das vítimas fatais foram em decorrência de acidentes com motocicletas – se comparamos com a frota desse tipo de veículo (17% do total), pode-se afirmar que este é tipo de veículo mais perigoso do município. Além das vítimas registradas em vias urbanos, há, ainda, outras sete mortes, considerando os acidentes em rodovias estadual e federal. 

    “Consolidar estes dados é essencial para que possamos estabelecer critérios para o trabalho. O documento reúne todos os dados oficiais registrados pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além da Secretaria de Saúde. São informações que a população também deve saber para que possa trabalhar a conscientização e propagar a importância de obedecer às leis de trânsito”, destacou o presidente do Comutran, Jairo Cunha, que também é diretor-presidente da CPTrans.

    O anuário destacou em todo o ano passado houve 1.589 vítimas de 1.776 acidentes. A maioria são colisões (36%), abalroamentos (17%) e choques (14%), mas um dado que chama a atenção é o número de vítimas fatais considerando o tipo de acidente: 31% são de colisão e 26% de atropelamento, sendo que a maioria deles foram na Paulo Barbosa, via que, pela primeira vez entrou na lista entre as 10 com mais acidentes.

     “Segundo a seguradora responsável pelo DPVAT, são os pedestres a segunda categoria que mais indeniza em todo país. Só no primeiro semestre deste ano foram 170 mil indenizações, sendo 42.650 para pedestres por morte, invalidez permanente e despesas médicas hospitalares. As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, um total de 5.506. Além disso, mais de 32 mil pedestres foram indenizados por invalidez permanente”, explica o diretor técnico e operacional da CPTrans, Luciano Moreira.

    União e Indústria segue na liderança de via com maior número de acidentes

    O anuário traz, também, os dados sobre as vias com maior número de acidentes na cidade: a Estrada União e Indústria lidera, mais uma vez, o ranking entre as 10 mais. A segunda é a Barão do Rio Branco, seguida da General Rondon, Rua Bingen, Coronel Veiga, Washington Luiz, Imperador, Hermogênio Silva, Quissamã e Paulo Barbosa. O total de vítimas nestas 10 vias representou 40% do total de vítimas no município. Essas ruas também representam 20% do total de acidentes com vítimas fatais na cidade. 

    Analisando por bairros, o Centro é o que mais ocorre acidentes, 35% entre os 10 bairros. Itaipava (14%), Corrêas (10%). Quitandinha (10%), Bingen (7%), Posse (6%), Nogueira (6%), Alto da Serra (5%), Araras (4%) e Retiro (4%). Cerca de 65% dos acidentes de trânsito do município ocorreram nestes 10 bairros, sendo que 62% do total de vítimas de acidentes foram também dentro destes 10 bairros.

    Aumento do número de acidentes acompanha aumento da frota

    A curva ascendente das estatísticas está diretamente relacionada ao aumento no número de veículos da cidade. A frota total registrada em Petrópolis aumentou 82,3% em 15 anos, chegando a 166,9 mil veículos no final do ano passado. A taxa de motorização em Petrópolis chegou a 56 veículos para cada 100 habitantes, número superior à taxa de motorização do país que chegou a 47 veículos para cada 100 habitantes no ano estudado.

    Considerando os últimos 15 anos, a frota de transporte individual (carros de passeio e motos) teve seu pico máximo no ano de 2009, representando 85% da frota total. Em 2017 esse percentual caiu para 84%, devido ao crescimento do transporte de carga, que passou de 13,9% em 2009 para 15% em 2017. A frota de motos aumentou 98% em 15 anos, chegando a 28 mil veículos em 2017.
     

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