• Lei vai permitir embarque fora do ponto após as 22h

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  • 18/07/2016 10:00

    Um novo projeto de lei deverá garantir mais segurança para as mulheres que transitam à noite pela cidade. A Prefeitura vai enviar à Câmara de Vereadores projeto de lei prevendo que as mulheres possam solicitar a parada dos ônibus fora do ponto a partir das 22h. A novidade foi apresentada durante o seminário “Me conta aí – Violência sexual contra meninas e mulheres”, realizado pela Prefeitura em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), na última quarta-feira, no Centro de Cultura Raul de Leoni.

    A indicação das mudanças na parada de ônibus foi do vereador Luizinho Sorrinho, que levou a proposta ao prefeito Rubens Bomtempo. Ele acolheu a ideia e já confirmou que apresentará o projeto. Atualmente, a parada dos ônibus para embarque e desembarque é obrigatória nos pontos, o que pode exigir que as mulheres percorram grandes distâncias até o seu destino. Com a nova lei, caso seja aprovada, elas terão mais segurança para se locomover à noite. A parada deve ser feita pelo motorista sempre que solicitado, em locais onde seja possível e dentro do trajeto da linha.

    “Proteger as crianças e as mulheres de qualquer tipo de abuso ou violência é urgente. Esse é um problema recorrente dentro do conselho, de onde surgiu a necessidade desse seminário. Hoje podemos dizer que Petrópolis mantém uma luta permanente em defesa dos direitos das crianças, adolescentes e das mulheres por meio de iniciativas como a campanha “Tenha Atitude”, o fluxograma para o atendimento das crianças e adolescentes, a criação do Centro de Referência no Atendimento à Mulher (CRAM) e o ônibus lilás, destacou a secretária Chefe de Gabinete e vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Luciane Bomtempo.

    Durante o evento, que contou com a participação de representantes da rede de atendimento às crianças e mulheres vítimas de violência do município, profissionais da saúde e da educação, foram destacadas as principais características da violência sexual contra crianças, adolescentes e mulheres e delineadas diversas abordagens para atendimento às vítimas. “As situações de violência são complexas e os profissionais envolvidos no atendimento devem buscar compreender a dinâmica de cada situação, sem simplificá-la”, ressaltou a palestrante Cristina Fernandes, que é coordenadora do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAM Márcia Lyra), no Rio de Janeiro. “Só assim podemos oferecer o melhor atendimento e com isso reduzir, inclusive, a reincidência e a multiplicação dos casos”.

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