• Justiça ainda não definiu como Paulo Igor tomará posse

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  • 04/12/2020 18:19

    A justiça ainda não definiu como o vereador Paulo Igor (DC) tomará posse no dia primeiro de janeiro de 2021. Reeleito para o quarto mandado com 2.150 votos, ele está proibido, por uma determinação judicial, de entrar na Câmara Municipal e ter contato com pessoas envolvidas no processo que investiga um esquema de corrupção dentro da casa legislativa. 

    Paulo Igor é réu em três processos e, em um deles, é suspeito de pagar propina para vereadores a fim de ter apoio político dentro da Câmara Municipal. Durante a Operação Caminho do Ouro, policiais civis encontraram escondidos dentro da banheira de hidromassagem na casa do vereador, no Morin, R$ 155 mil e 10.300 dólares em espécie.

    O vereador ficou preso por cinco meses e foi solto em setembro de 2018, após conseguir um habeas corpus. Na época, Paulo Igor alegou que o dinheiro era lícito, proveniente da venda de um imóvel.

    Quando foi preso, Paulo Igor era do PMDB e estava no seu terceiro mandado como vereador. Ele trocou de partido, indo para o Democracia Cristã, onde conseguiu o registro da candidatura junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para disputar as eleições municipais deste ano.

    Em nota, o TRE informou que a posse de Paulo Igor não é uma atribuição da Justiça Eleitoral e que o impedimento de acessar as dependências da Câmara Municipal é uma questão a ser julgada na justiça comum. A Tribuna procurou o Ministério Público, questionando sobre como seria realizada a posse do vereador reeleito, mas até o momento não obtivemos resposta.

    O advogado de Paulo Igor, Afonso Destri está confiante de que conseguirá reverter a situação e informou à Tribuna que irá revogar a medida cautelar. “Não há nada que impeça Paulo Igor de ser diplomado e estamos trabalhando para que a que medida cautelar seja revogada”, afirmou o advogado.

    Esta semana, foram julgados recursos interpostos pela defesa do vereador. Os recursos foram indeferidos pela justiça. “Assim que os embargos que foram negados forem publicados, nós vamos interpor um recurso especial dirigido ao STJ”, disse o advogado.

    Os vereadores eleitos tomam posse no dia primeiro de janeiro em solenidade na Câmara Municipal. Neste mesmo dia é eleita a mesa diretora da casa.

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