• José Afonso Barenco de Vaz Guedes

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  • 31/08/2016 09:00

    Lembro-me da manhã em que recebi a grata visita do amigo e Confrade Professor Roberto Francisco e mesmo não sendo a primeira das diversas presenças que por ele fomos agraciados essa me calou fundo porque trouxe o material biográfico e bibliográfico do articulista, advogado, pensador e homem das belas letras José Afonso Barenco de Guedes Vaz, filho do ilustre Confrade Osmar de Guedes Vaz de quem tive a primazia de receber o voto, o carinho e a consideração desde o limiar dos anos oitenta quando transpus os umbrais da nonagenária Academia Petropolitana de Letras. Seguiu-se nova visita, dessa vez, junto a José Afonso. Abracei sua causa, não dessas que se consomem pela ferrugem, o  azinhavre ou  se destrói.  Não  se tratava de uma milionária transação imobiliária, mas, representava um embate em reconhecimento aos méritos de quem construiu um futuro pautado pela  honradez, cultura e  realizações nas várias searas.  Com certeza honrará a nossa instituição que tem acústica internacional. De início preparei sua documentação para as Letras Jurídicas já que exerceu elevados cargos nas lides do Direito, desempenhou funções de relevância, produziu arrazoado, enfim, preenche todos os requisitos do notável saber e envergadura que se faz merecedor. Assim que a  APLEJUR realizou a sessão plenária seu nome foi levado a assembleia e ao final foi eleito Membro Honorário de tão insigne instituição. Mas José Afonso se adéqua perfeitamente aos cânones da Academia Petropolitana de Letras onde seu pai Osmar de Guedes Vaz eternizou a memória e fez história. Por isso, eu lhe disse: no dia em que houver uma vaga o inscreverei para concorrer  ao assento de uma das cadeiras que vagas. E assim prosseguimos. Eu nem imaginava que tal vacância ocorreria em curto espaço até que  no dia trinta de maio do ano em curso fomos surpreendidos com o falecimento do Confrade Luiz de Gonzaga dos Santos de Gutierrez. Assim que publicado o Edital  seguindo os ditames estatutários e regimentais se abriu a mencionada vaga ocasião em que  eu, Andréa Cristina Lopes Garcia, Paulo Cesar dos Santos, Ângelo Romero e Antônio Eugênio de Azevedo Taulois e  subscrevemos sua inscrição à vaga da Cadeira número vinte e seis, patronímica de Dom Azeredo Coutinho. E o apresentamos aos Confrades. A muitos deles nem precisávamos porque já o conheciam e isso me faz lembrar o amigo Poeta J.G. de Araújo Jorge que ao tecer comentário sobre um de meus trabalhos lá pelos idos de oitenta disse assim para mim: “basta que eu leve uns dois ou três poemas” porque pelo anzol se conhece o peixe”. Assim o parafraseio ao endossar o que disse o ilustre poeta por louvar a  ascendência, a descendência, a obra e caminhar digno e reto  de José Afonso Barenco de Guedes Vaz. Amigo é assim. E não me gabo e nem transponho ao papel estas tênues linhas para minha vanglória ou na intenção de delinear uma angelical imagem, mas, dizer que trago presente as palavras inscritas em Eclesiástico que diz no capítulo 6, versículo 14: Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o  descobriu encontrou um tesouro”. A felicidade, a realização e a alegria de meu próximo me comprazem. É  o religare  entre o humano ao Divino. Vive-se em pleno  exercício no sentido de realizar sem visar retorno. Sem nada esperar a não ser a graça de Deus e o Pálio de Maria Santíssima na constante conjugação do verbo amar. Parabéns Confrade  pela retumbante vitória e eleição  aos quadros de nossa querida Academia Petropolitana de Letras que se mantém inarredável em seus objetivos  e,  fiel ao  lema ”Si Vis Vincere Ale Primum Vere”!

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