• Investigado, deputado Daniel Silveira diz que inquérito sobre atos antidemocráticos é ‘absurdo e recheado de inconstitucionalidade’

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  • 16/06/2020 16:57

    Investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito que apura os atos antidemocráticos que aconteceram em Brasília e em diversas outras cidades há cerca de dois meses, o deputado Daniel Silveira foi alvo nesta terça-feira de mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes. Ao todo, a Polícia Federal (PF) cumpriu 26 mandados nos endereços de 21 alvos, entre eles deputados, blogueiros, youtubers, militantes e empresários citados no inquérito. 

    A casa de Daniel Silveira na região de Araras, em Petrópolis, e o seu apartamento em Brasília foram alvos da operação, chamada de Lume. Foram apreendidos celulares e computadores. O deputado também foi levado para a sede da Polícia Federal para depor, mas, em sua rede social informou que “se reservou no direito de permanecer em silêncio até que tenha acesso ao inquérito”. 

    O ministro também determinou a quebra dos sigilos bancários de deputados citados no inquérito. A intenção é encontrar mais pessoas que estejam apoiando financeiramente as manifestações, que pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Militar e a intervenção militar.

    A Tribuna tentou contato com o deputado federal Daniel Silveira, mas não obteve retorno. O parlamentar se manifestou pelas redes sociais, onde disse que “o inquérito é absurdo e recheado de inconstitucionalidade”. Ele também chamou o ministro Alexandre de Moraes de “Sr. Torquemada” (em alusão ao inquisitor espanhol Tomás de Torquemada) e afirmou estar “armado com a verdade”.  

    A primeira informação obtida pela Tribuna era que os agentes estavam nos endereços do deputado para cumprimento de mandados de busca e apreensão de outro inquérito do STF em que ele também é citado, que investiga fake news. Em maio, 29 mandados também foram cumpridos para apreensão de computadores e celulares de blogueiros e empresários envolvidos na publicação de notícias falsas contra os ministros do STF. Também foi alvo desta operação o ex-deputado Roberto Jefferson.

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